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PSD não descarta apoio ao Estado de Emergência mas pede medidas “de forma selecionada”

O presidente do PSD, Rui Rio, considera que, a ser decretado, o Estado de Emergência não deverá implicar o confinamento obrigatório como em março e abril porque a economia não tem condições para suportar o impacto de um novo confinamento.
  • António Pedro Santos/Lusa
30 Outubro 2020, 12h59

O Partido Social Democrata (PSD) não descarta um eventual apoio a uma nova declaração de Estado de Emergência no país, tendo em conta a evolução da pandemia da Covid-19. O presidente do PSD, Rui Rio, considera, no entanto, que, a ser decretado, o Estado de Emergência não deverá implicar o confinamento obrigatório como em março e abril porque a economia não tem condições para suportar o impacto de um novo confinamento.

“Não daremos cara branca ao Governo para tudo e mais alguma coisa, mas estaremos sempre do lado da solução. Nunca a obstacularizar nem a tirar partido desta situação em benefício partidário. Isso é totalmente completamente contra a minha maneira de ser e jamais acontecerá”, afirmou Rui Rio, em conferência de imprensa, depois de ter estado reunido com o primeiro-ministro, António Costa.

Rui Rio considera que a evolução da pandemia e o seu impacto económico será “mais grave” do que na primeira vaga e sublinhou que o Estado de Emergência hoje “não pode ser da mesma forma como foi em março e abril” porque a economia nacional não tem condições para “suportar uma coisa dessas”. Caso venha a ser decretado, explicou que servirá apenas para dar ao Governo “o quadro legal necessário” para tomar medidas “de forma selecionada”.

“As pessoas pensam que se o Estado de Emergência fosse decretado agora era para acontecer como em março e abril e o país fechar o máximo possível. Há muitas pessoas que estão contra, mas escusam de ter medo porque não será assim. Mas devia ser. Para bem da saúde dos portugueses e da economia nacional era bom que pudesse ser, mas não pode para bem da economia nacional”, reiterou.

Segundo o líder social-democrata, uma das hipóteses que está em cima da mesa é a monitorização por zonas, “nomeadamente os municípios onde a situação está mais grave”. “Se um município onde as pessoas vivem está em boas condições, se nos portarmos bem, assim continuará. Penso que é uma forma equilibrada de começar a raciocionar sobre isso”, argumentou.

“Vamos rapidamente ultrapassar os 4, 5 mil casos por dia e por aí fora. É preciso que sejam todos os portugueses a estar consciencializados disto e a tomar as devidas precauções e a ter o comportamento adequado”, referiu ainda.

As medidas a tomar pelo Governo serão depois anunciadas por António Costa, no sábado, no final de uma reunião do Conselho de Ministros extraordinária.

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