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PSP diz que queixas contra agentes representam 0,03% das interações dos polícias

Em reação aos dados sobre queixas apresentadas contra elementos das forças policiais à IGAI em 2024, em que 742 queixas foram contra agentes da PSP, a Direção Nacional da PSP considerou, em comunicado enviado ao final da manhã, que a percentagem de 0,03% do total de interações “demonstra que a esmagadora maioria dos contactos entre os polícias e a população decorre de forma profissional, respeitosa e dentro dos parâmetros legais”.
23 Maio 2025, 15h51

A Direção Nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP) disse hoje que as queixas relacionadas com agentes apresentadas à Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) no ano passado representam 0,03% do total de interações.

Em reação aos dados sobre queixas apresentadas contra elementos das forças policiais à IGAI em 2024, em que 742 queixas foram contra agentes da PSP, a Direção Nacional da PSP considerou, em comunicado enviado ao final da manhã, que a percentagem de 0,03% do total de interações “demonstra que a esmagadora maioria dos contactos entre os polícias e a população decorre de forma profissional, respeitosa e dentro dos parâmetros legais”.

As contas da PSP são feitas com base no registo anual de cerca de 2,5 milhões de interações, que incluem patrulhamento, intervenção, fiscalização, atendimentos, apoio social e atividades de proximidade.

“A PSP não desvaloriza nenhuma queixa”, esclareceu a Direção Nacional, acrescentando que “todas são analisadas” – quer pela hierarquia, quer pela Inspeção da Direção Nacional da PSP. “Sempre que se justifique, são desencadeados os mecanismos disciplinares e/ou judiciais adequados”, lê-se ainda no comunicado.

De acordo com os dados a que a Lusa teve acesso, em 2024 registou-se o número de queixas mais elevado da última década. Entre 2014 e 2024, concluiu-se que as denúncias mais do que duplicaram, de 711 para 1.511, atingindo no ano passado o número mais elevado dos últimos 10 anos.

A PSP é a força de segurança com maior número de queixas, tendo dado entrada naquele organismo 742 participações contra a atuação dos agentes da Polícia de Segurança Pública em 2024, mais 126 do que em 2023.

O organismo liderado pelo juiz desembargador Pedro Figueiredo indica também que as queixas contra a atuação das forças de segurança estiveram relacionadas com a violação de deveres de conduta (procedimentos ou comportamentos incorretos e recusas de atendimento), ofensas à integridade física e abusos de autoridade.

Em relação aos processos disciplinares, os dados da IGAI mostram que nove polícias da PSP e oito militares da GNR foram suspensos no ano passado, tendo sido ainda expulso um militar da Guarda Nacional Republicana.

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