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Quais os riscos de aceitar ser fiador num crédito habitação?

Ser fiador num crédito à habitação implica uma responsabilidade legal significativa. Ao assumir este papel, facilita o acesso de um familiar ou amigo ao financiamento, mas arrisca-se a responder por eventuais incumprimentos. Antes de aceitar, é fundamental compreender bem os riscos e obrigações associados.
12 Junho 2025, 10h57

Assumir o papel de fiador num crédito à habitação pode ser determinante para a aprovação do financiamento, sobretudo quando o proponente não reúne os requisitos exigidos pela instituição bancária. No entanto, apesar de poder ser um gesto de apoio familiar ou pessoal, trata-se de um compromisso com impacto financeiro relevante, cuja decisão deve ser ponderada face aos riscos associados.

Se está a ponderar tornar-se fiador – ou se precisa de um para obter crédito à habitação – este artigo ajuda a esclarecer quando tal é exigido, quais os riscos envolvidos e que alternativas podem existir.

Quando é preciso fiador para crédito habitação?

Nem todos os créditos habitação exigem um fiador, mas algumas situações tornam essa condição necessária:

  • Quando o titular do crédito tem rendimentos baixos ou instáveis;
  • Se a taxa de esforço ultrapassar o limite recomendado pelo banco;
  • Para pessoas com histórico de crédito limitado ou negativo;
  • Quando o montante financiado é muito elevado face à capacidade financeira do requerente.

Cada banco tem os seus critérios, por isso, comparar opções pode evitar a necessidade de um fiador.

Quais são as implicações de ser fiador?

Ao assinar como fiador, assume um compromisso sério:

Segundo os artigos 627.º e 634.º do Código Civil, a fiança pode ser prestada sem limitação de valor, tornando-se solidária com a dívida do devedor principal.

Quais são os riscos de ser fiador de alguém?

Ser fiador é um grande gesto de apoio, mas envolve riscos consideráveis:

  • Compromisso de longo prazo – O crédito habitação pode durar décadas.
  • Endividamento involuntário – Pode ser chamado a pagar mesmo sem aviso prévio.
  • Impacto no seu futuro financeiro – Pode limitar a sua capacidade de obter créditos.
  • Risco de conflito – Problemas financeiros podem afetar as relações pessoais.

Como se proteger ao ser fiador:

  • Negocie um limite de responsabilidade no contrato de fiança.
  • Avalie se o devedor tem capacidade real para cumprir o empréstimo.
  • Consulte um especialista antes de assinar qualquer compromisso.

Como arranjar um fiador?

Se necessita de um fiador, é importante considerar os seguintes pontos:

  1. O fiador deve ter rendimentos estáveis e uma boa situação financeira.
  2. Deve ter um bom histórico de crédito e uma taxa de esforço aceitável.
  3. É aconselhável um fiador com imóveis ou património, pois dá mais segurança ao banco.
  4. A relação de confiança é essencial (familiares próximos são as escolhas mais comuns).

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Alternativas a ter um fiador

Se um banco exige um fiador, mas quer evitar este compromisso, pode considerar:

  • Dar uma entrada maior, reduzindo o montante financiado.
  • Optar por um co-mutuário (alguém que contrai o crédito contigo).
  • Procurar bancos que ofereçam condições diferentes.
  • Melhorar o perfil financeiro, reduzindo dívidas e aumentando rendimentos.

Ser fiador num crédito habitação é uma decisão que exige cuidado. Pode ajudar um ente querido a conseguir financiamento, mas também traz grandes riscos financeiros. Antes de assumir esse compromisso, avalie todas as opções e considere alternativas. No ComparaJá.pt, ajudamos a encontrar a melhor solução para o seu caso, de forma simples, rápida e transparente!

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