Até ao momento, o Partido Social-Democrata (PSD) é aquele que regista o maior número de faltas na Assembleia da República (834), mas destas só 19 é que não foram devidamente justificadas, 469 tiveram motivo e 346 deveram-se a missões parlamentares, revela o website “O Ponto do Parlamento”, elaborado pela empresa tecnologias de informação Waveweb.
Os dados têm como base o separador “Presenças e Faltas dos Deputados às Reuniões Plenárias” que se encontra no website oficial da Assembleia da República e abarcam informação de desde 1995. “Injustificadas”, “Justificadas”, “Ausência em Missão Parlamentar” e “Quórum de Votação” são as categorias de cada tipo de ausência no Parlamento, onde se pode consultar a totalidade de faltas (valores em número e percentagem) para cada legislatura, partido e deputado.
No caso do Partido Socialista (PS), o segundo no ranking das faltas, conta com um número ligeiramente inferior (795) e supera nas faltas injustificadas (37). A liderar – com menos – está o Pessoas-Animais-Natureza (PAN) e o PEV (Os Verdes), com 11 e 2 ausências assinaladas, respetivamente (todas justificadas ou devido a missões parlamentares).
Pode verificar-se ainda que, ao observar o número total de faltas – sem discriminar o parâmetro em que se insere –, Paulo Pisco é aquele que menos pica o ponto na Assembleia da República. No entanto, o deputado socialista, que pertence à Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, apresentou uma justificação para 40 das ausências e apenas se contabilizam duas faltas não-justificadas.
A justificação de faltas obedece ao estabelecido nos pontos 6 e 7 do “Regime de Presenças e Faltas ao Plenário“, que indicam que os “deputados têm o direito de apresentar justificação para as faltas” e que “quando for invocado o motivo de doença, poderá, porém, ser exigido atestado médico caso a situação se prolongue por mais de uma semana”.
Além disso, considera-se motivo justificado a doença, o casamento, a maternidade e a paternidade, o luto, força maior, missão ou trabalho parlamentar e o trabalho político ou do partido a que o deputado pertence e a participação em atividades parlamentares, conforme estabelecido no ponto 2 do artigo 8º do “Estatuto dos Deputados“.
Entre os nomes dos deputados que merecem a distinção de ‘Funcionário do Mês’, com mais de 150 reuniões no Parlamento, estão Bruno Dias (PCP – 0 faltas em 157 reuniões), Heloísa Apolónia (Os Verdes – 0 faltas em 157 reuniões), Paulo Sá (PCP – 0 faltas em 157 reuniões), Pedro Filipe Soares (BE – 0 faltas em 157 reuniões) e Pedro Pimpão (PSD – 0 faltas em 157 reuniões).
Deputado | Ausências totais | Partido |
Paulo Pisco | 29% (45*/157**) | PS |
Miranda Calha | 27% (41/157) | PS |
Carlos Alberto Gonçalves | 25% (38/157) | PSD |
José Cesário | 24% (35/147) | PSD |
Ricardo Baptista Leite | 22% (27/126) | PSD |
Carlos Costa Neves | 20% (29/149) | PSD |
Luís Leite Ramos | 19% (29/149) | PSD |
Carlos Páscoa Gonçalves | 18% (27/157) | PSD |
Sérgio Sousa Pinto | 18% (27/157) | PS |
Ana Catarina Mendonça M. | 17% (26/157) | PS |
Bruno Coimbra | 16% (24/157) | PSD |
Vitalino Canas | 16% (24/157) | PS |
Duarte Marques | 15% (23/157) | PSD |
Helena Roseta | 15% (23/157) | PS |
Nilza de Sena | 15% (23/157) | PSD |
Adão Silva | 15% (22/157) | PSD |
Filipe Lobo D’Ávila | 15% (22/157) | CDS |
Fonte: O Ponto do Parlamento *Faltas ** Reuniões (+100)
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