O Partido Social Democrata (PSD) enviou um conjunto de três perguntas ao Governo relacionadas com a recém invasão e domínio dos talibãs sobre o Afeganistão.
“Neste momento, as indicações que temos é que serão apenas quatro os portugueses que ainda se encontram em funções operacionais no Afeganistão, quando é que se prevê a sua chegada a Portugal em segurança?”, perguntam os social-democratas.
O PSD também pretende saber “qual é o número efetivo de refugiados que o governo se disponibiliza a receber em Portugal, em que condições, com que critérios e que medidas de segurança implementará na sua identificação?”. “Que medidas irão ser tomadas para que os afegãos, em particular mulheres e crianças, que venham para Portugal possam chegar através de rotas legais e seguras?”, questiona o partido liderado por Rui Rio.
Na missiva que também foi divulgada no site do partido, o PSD sublinha que “a recente tomada de poder no Afeganistão por parte dos taliban, representa uma ameaça séria aos direitos humanos, existindo centenas de milhares de afegãos que tentam fugir do país”.
“As imagens do Hamid Karzai International Airport falam por si: repleto de pessoas, até em cima das asas de aviões, num imenso caos e confusão, que gerou inclusive a perda de vidas humanas”, recorda o PSD, acrescentando que “devido a este cenário, espera-se um fluxo de afegãos também em direção à Europa, porém, por parte da União Europeia existe pouco consenso quanto a uma resposta conjunta”.
Uma consenso que segundo o PSD está a ser difícil de chegar também em Portugal. “Ouvimos o Senhor Ministro dos Negócios Estrangeiros a mencionar apenas disponibilidade para recebermos cerca de 50 afegãos que colaboraram com as forças internacionais, como ouvimos outros membros do governo, ou a Câmara Municipal de Lisboa anunciar que está disponível, seja a nível logístico ou financeiro, para receber refugiados afegãos”.
Segundo declarações do ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, ao Diário de Notícias, “neste momento há um trabalho muito intenso que está a decorrer “e ainda não estão definidas todas as modalidades. “O Governo está muito empenhado, muito coordenado, nas suas diferentes áreas de intervenção para poder receber aqueles que forem definidos nos próximos dias”, acrescentou na quinta-feira, 19 de agosto.
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