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Queda do Governo “foi difícil de explicar” e “gerou perplexidade” na Europa, realça Elisa Ferreira

“Portugal é muito respeitado por ser um país estável mas às vezes acontecem coisas difíceis de explicar como aquilo que levou à demissão do ex-primeiro-ministro; causou perplexidade e não batia certo com a imagem no país”, destacou a comissária europeia nas jornadas parlamentares do PS.
Cristina Bernardo
9 Julho 2024, 12h51

A queda do Governo anterior, após a demissão do ex-primeiro-ministro António Costa, causou “perplexidade” e “foi difícil de explicar” na Europa a origem desta sucessão de acontecimentos, de acordo com análise da comissária europeia Elisa Ferreira, esta segunda-feira nas jornadas Parlamentares do PS.

“Portugal é um país muito respeitado, às vezes nem vemos isso. É um país considerado excelente em termos de diplomacia internacional”, sublinhou, num comentário à chegada de António Costa à presidência do Conselho Europeu.

Destacou a comissária europeia que “Portugal é muito respeitado por ser um país estável mas às vezes acontecem coisas difíceis de explicar como aquilo que levou à demissão do ex-primeiro-ministro; causou perplexidade e não batia certo com a imagem no país. Por isso, foi difícil de explicar”.

O inquérito no âmbito da ‘Operação Influencer’ que visa o ex-primeiro-ministro António Costa “ainda decorre”, afirmou a Procuradora-Geral da República na noite de segunda-feira, defendendo que, se a investigação ainda não foi arquivada “é porque algo obstará”.

Em entrevista à “RTP”, a primeira em quase seis anos de mandato, a Procuradora-Geral da República sublinhou por várias vezes que a investigação no âmbito da ‘Operação Influencer’ ainda decorre e que António Costa não foi constituído arguido “até ao momento”.

“O ex-primeiro-ministro não foi constituído arguido naquele momento. Decorreram semanas. Se inquérito não foi agora encerrado é porque algo obstará”, disse Lucília Gago, sublinhando sempre que a investigação ainda decorre e que se não houve arquivamento é porque existe algo a impedir um despacho final.

Questionada sobre se se pode comprometer com um arquivamento em breve do inquérito que visa António Costa, Lucília Gago rejeitou.

A PGR recusou também a ideia de que deva um pedido de desculpas a António Costa, caso o inquérito venha a ser arquivado, assim como o MP “não deve qualquer pedido de desculpas a qualquer outro cidadão”. “Não há ninguém acima da lei”, sublinhou Lucília Gago.

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