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Quibi: serviço de streaming só durou seis meses. Catálogo vai ser vendido

O serviço da Quibi destinava-se ao consumidor que se movimenta nos transportes públicos e que está sempre em movimento, sendo usado maioritariamente no smartphone.
  • Meg Whitman
22 Outubro 2020, 15h03

A plataforma Quibi, um serviço de distribuição em contínuo de vídeos, anunciou o seu encerramento seis meses após o lançamento, revela o “Business Insider” depois de ter tido acesso à comunicação do fundador Jeffrey Katzenberg e da CEO Meg Whitman.

O serviço foi criado em abril e juntou-se, na altura, aos serviços de streaming já existentes no mercado, como a Netflix e a HBO. “De forma relutante, tomámos a difícil decisão de encerrar o negócio, devolver o dinheiro aos nossos acionistas e dizer adeus aos nossos colegas com elegância”, apontaram os dois responsáveis em comunicado, acrescentando que “não desistimos desta ideia sem lutar”.

Antes do seu lançamento, a plataforma tinha levantado 1,75 mil milhões de dólares (1,5 mil milhões de euros) dos seus investidores como Walmart, PepsiCo e Anheuser-Busch, um valor que agora têm de devolver. No entanto, e apesar de ser mais um serviço de streaming ao serviço do cliente norte-americano, este não aderiu e os negócios lucrativos de publicidade da empresa acabaram por ser cancelados.

O serviço da Quibi destinava-se ao consumidor que se movimenta nos transportes públicos e que está sempre em movimento, sendo usado maioritariamente no smartphone. Com o surto de Covid-19, o conceito da plataforma desvaneceu-se e os consumidores hesitarem em pagar por uma assinatura de cinco dólares (4,2 euros), mesmo com a lista de filmes e série a apresentarem nomes de Hollywood.

Na comunicação dirigida a investidores, clientes e funcionários, Katzenberg e Whitman reconheceram os desafios que o serviço enfrentou, sustentando que a empresa não teve sucesso porque “a ideia em si não era forte o suficiente para justificar um serviço de streaming autónomo” e, em parte, também devido à pandemia que se instalou no mundo.

“As circunstâncias de lançar um serviço durante uma pandemia é algo que nunca imaginámos, mas outras empresas também enfrentaram esses desafios sem precedentes e encontraram os seus caminhos para superá-los. Nós não fomos capazes de o fazer”, apontaram na comunicação.

Os próximos tempos serão geridos a tentar encontrar compradores para o conteúdo original da Quibi, como “Cup of Joe”, “Mapleworth Murders” e “The Music Videos of Royalties”, e também para a sua plataforma. Durante o mês de setembro começaram a circular rumores de que Katzenberg já tinha contactado o vice-presidente da Apple e dirigentes da WarnerMedia, Facebook e NBCUniversal para lhes vender o catálogo.

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