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RD Congo: “Pesadelo” de saúde pública está a desenrolar-se, alerta OMS

Equipas de ajuda da Organização Mundial da Saúde (OMS) “não podem movimentar-se livremente para dar ajuda aos hospitais, nem mesmo as ambulâncias podem funcionar”. “É uma situação que, para a saúde pública, é um pesadelo”, disse Boureima Hama Sambo, Representante da OMS na RDC.
REUTERS/Robert Carrubba
30 Janeiro 2025, 11h56

As agências da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam para uma “relativa calma” na quarta-feira na cidade de Goma, no leste da República Democrática do Congo (RDC), que foi tomada na madrugada de segunda-feira pelas forças rebeldes do M23, mas crescem preocupações em torno do agravamento da emergência de saúde pública em toda a região.

As equipas de ajuda da Organização Mundial da Saúde (OMS) “não podem movimentar-se livremente para dar ajuda aos hospitais, nem mesmo as ambulâncias podem funcionar”. “É uma situação que, na saúde pública, é um pesadelo”, disse Boureima Hama Sambo, representante da OMS no país.

A internet também continua inativa na capital provincial e apenas as redes de telefonia móvel estão funcionando, com os combatentes do M23 aparentemente a controlar “uma parte significativa da cidade” após intensos confrontos com o exército do país.

Em declarações à ONU News , o mesmo especialista revelou a expectativa de que “a situação volte ao normal para o Governo”. “As pessoas vulneráveis ​​precisam realmente de nós”. “As condições em Goma, continuam terríveis”, referiu, acrescentando que não existe água potável, a eletricidade está cortada e há vários civis presos – incluindo profissionais de saúde.

Centenas de milhares de pessoas fugiram em antecipação aos confrontos entre os rebeldes apoiados pelo Ruanda e as tropas da RDC, provocando um alarme sobre a possível eclosão de surtos de várias doenças.

Além disso, no dia 28 de janeiro, a Comissão Europeia anunciou um novo apoio humanitário para a República Democrática do Congo, com um montante inicial de 60 milhões para 2025. Após os últimos acontecimentos no leste do país, a União Europeia (UE) está pronta para aumentar a assistência de emergência, particularmente para as populações recém-deslocadas em Goma e arredores.

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