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Reconhecer Estado palestiniano é “dever moral” e “exigência política”, sublinha Macron

Macron declarou ainda que os europeus devem “endurecer a posição coletiva” contra Israel “se não houver uma resposta que esteja à altura da situação humanitária que se apresenta nas próximas horas e nos próximos dias” na Faixa de Gaza.
Emmanuel Macron
French President Emmanuel Macron looks on during an official welcome ceremony for the President of Angola, Lourenco, at the Hotel des Invalides in Paris, France, 16 January 2025.  EPA/LUDOVIC MARIN / POOL MAXPPP OUT
30 Maio 2025, 07h21

O Presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou hoje em Singapura, onde participa num fórum sobre segurança e defesa, que o reconhecimento de um Estado palestiniano “não é apenas um dever moral, mas uma exigência política”.

Em conferência de imprensa, Macron declarou ainda que os europeus devem “endurecer a posição coletiva” contra Israel “se não houver uma resposta que esteja à altura da situação humanitária que se apresenta nas próximas horas e nos próximos dias” na Faixa de Gaza.

Nesse caso, a União Europeia deve aplicar as regras do bloco comunitário, “ou seja, pôr fim a processos que pressupõem o respeito pelos direitos humanos, o que não é o caso atual, e aplicar sanções”, afirmou o dirigente, referindo-se ao acordo de associação entre os 27 e Israel, que será reexaminado.

“Temos de endurecer a nossa posição porque hoje é uma necessidade, mas ainda tenho esperança que o Governo de Israel mude a sua [posição] e que finalmente tenhamos uma resposta humanitária”, acrescentou.

A França copreside com a Arábia Saudita, entre 17 a 20 de junho, a uma conferência internacional na ONU, Nova Iorque, sobre a chamada solução dos dois Estados, israelita e palestiniano.

Sem dizer claramente se reconhecerá o Estado da Palestina nessa ocasião, Emmanuel Macron considerou que “a criação de um Estado palestiniano” sob certas condições “não é apenas um dever moral, mas uma exigência política”.

Macron enumerou as condições: “libertação dos reféns” detidos pelo Hamas; desmilitarização do movimento islamita palestiniano; a não participação do grupo na liderança de um futuro Estado palestiniano; uma “reforma da Autoridade Palestiniana”, que gere a Cisjordânia ocupada; o reconhecimento, pelo futuro Estado, de Israel e do “direito de viver em segurança”; e a “criação de uma arquitetura de segurança em toda a região”.

“É isso que tentaremos consagrar num momento importante a 18 de junho, e eu estarei lá”, disse, sobre a conferência na ONU.

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