[weglot_switcher]

Regresso de Cristina Ferreira à TVI não convence investidores: Media Capital afunda mais de 9% em bolsa

A dona da TVI está a sofrer uma forte queda na bolsa de Lisboa esta segunda-feira, a primeira sessão realizada depois de conhecido o regresso da senhora televisão à estação televisiva de Queluz de Baixo, após dois anos na sua rival. Já a dona da SIC esteve hoje a cair mais de 4% em bolsa depois da perda de uma das suas maiores estrelas, que catapultou a SIC de novo para a liderança nas audiências, acabando com o reinado da TVI.
20 Julho 2020, 10h49

O regresso de Cristina Ferreira à TVI não está a convencer os investidores na bolsa de Lisboa, pelo menos até ao momento.

A Media Capital está a recuar 9,40% para 2,120 euros esta segunda-feira, depois de ter fechado a sessão na sexta-feira nos 2,340 euros, com 1.270 ações negociadas.

A saída da apresentadora de Paços de Arcos para regressar a Queluz de Baixo também não convenceu os investidores, com a ação da dona da SIC, a Impresa, a abrir a sessão de hoje a recuar 401% para 0,1370 euros.

A Media Capital anunciou na sexta-feira passada o regresso da apresentadora Cristina Ferreira depois de dois anos na SIC. “Cristina Ferreira regressa à TVI como Diretora de Entretenimento e Ficção, tendo já manifestado a sua intenção de compra de participação na Media Capital, com o intuito de vir a tornar-se também acionista do canal televisivo”, segundo o comunicado da dona da TVI.

O Correio da Manhã avançou no sábado que a apresentadora vai ganhar cerca de três milhões de euros por ano na TVI, 2,6 milhões de salário base e 400 mil em contrapartidas publicitárias. Além do cargo de diretora, Cristina Ferreira vai passar a ser administradora não executiva da TVI, com uma participação de 1% a 2% da Media Capital, segundo o CM.

Na tarde de sexta-feira a SIC reagiu à saída de Cristina Ferreira, dizendo que foi “unilateral”, “abrupta” e “surpreendente”.

Mais tarde, na noite de sexta-feira, o Expresso noticiou que a estação televisiva de Paços de Arcos pode vir a exigir o pagamento de, pelo menos, quatro milhões de euros pela saída da apresentadora antes do fim do seu contrato, em 2022. Dois milhões correspondem ao valor de salário dos dois anos de contrato em vigor, e mais dois milhões relacionados com outros custos, como contratos com produtoras e acordos feitos com marcas.

Já no sábado, a senhora televisão veio a público explicar porque é que saiu da estação de Paços de Arcos para regressar a Queluz de Baixo. ” Um dia alguém me disse que a casa mãe precisava de mim. Olhei e percebi que fazia lá falta”, escreveu Cristina Ferreira nas redes sociais no sábado.

Também no sábado, a Media Capital veio a público informar que “Cristina Ferreira manifestou junto do acionista Prisa a intenção de adquirir uma participação no capital social da sociedade”, sem no entanto avançar de quanto poderá ser esta participação.

O Correio da Manhã avançou no sábado que a apresentadora poderia vir a ter uma participação de 1% a 2%. O jornal também avançou que as negociações para o regresso da apresentadora foram lideradas pelo empresário Mário Ferreira, que detém 30% do capital da Media Capital.

 

https://jornaleconomico.pt/noticias/cristina-ferreira-sic-dizia-ha-um-ano-que-uma-das-maiores-dificuldades-do-negocio-e-reter-as-suas-estrelas-615283

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.