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Reino Unido em fase crítica da pandemia, alerta diretor-geral de Saúde

“A tendência no Reino Unido está a ir em direção contrária e estamos a entrar num ponto crítico da pandemia”, admitiu o diretor-geral de Saúde de Inglaterra, Chris Whitty. “Estamos a analisar os dados para perceber como gerir a propagação do vírus antes que chegue um inverno desafiador”, explicou o médico consultor.
21 Setembro 2020, 10h09

O Reino Unido está numa fase crítica da pandemia de Covid-19 e os consultores médicos governamentais preveem que o país enfrente um inverno desafiante, avança a “Reuters”.

Os casos na Grã-Bretanha têm aumentado e o primeiro-ministro Boris Johnson já apertou algumas medidas, apontando a existência de uma segunda vaga do vírus, com determinadas zonas do país a apresentar restrições à liberdade social, uma vez que na semana passada entrou em vigor a ‘medida dos seis’, onde estão proibidos ajuntamentos com mais de seis pessoas.

De acordo com a “Reuters”, Londres pode ser a próxima cidade a apertar as medidas de segurança devido ao aumento contínuo de casos.

“A tendência no Reino Unido está a ir em direção contrária e estamos a entrar num ponto crítico da pandemia”, admitiu o diretor médico de Inglaterra, Chris Whitty. “Estamos a analisar os dados para perceber como gerir a propagação do vírus antes que chegue um inverno desafiador”, explicou o médico consultor.

Segundo a publicação, desde março que morreram mais de 40 mil pessoas em território britânico, num período de 28 dias após testarem positivo para o vírus da Covid-19. O Reino Unido é o país com o maior número de óbitos causados pelo novo coronavírus da Europa.

O ministro da Saúde, Matt Hancock, já tinha alertado no início de domingo que o país se encontrava num ponto crítico da infeção, explicando aos cidadãos que devem seguir as regras impostas pelo Governo ou enfrentar um novo isolamento. O primeiro-ministro já tinha anunciado multas pesadas para quem não cumprisse as regras anunciadas.

Ainda assim, o responsável da Saúde britânico não descartou um novo confinamento, algo que Boris Johnson pretende descartar devido às consequências gravosas para a economia britânica. No entanto, as autoridades de saúde têm estado a reunir-se para decidir a melhor forma de lidar com o aumento de casos em Londres.

Também o ministro dos Transportes, Grant Shapps, afirmou à “Sky News” que é importante olhar para os outros países europeus, para perceber a forma como o vírus tem atuado. “Está claro que estamos algumas semanas atrasados em relação ao que vemos em outros países da Europa”, disse Shapps.

“Precisamos de olhar para o que está a acontecer em França, nomeadamente em Espanha, para poder ver como as coisas têm evoluído, incluindo as mortes, infelizmente”, disse, acrescentando que “é muito importante que façamos tudo o que estiver ao nosso alcance para seguir as regras para manter os números em baixo”.

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