Não foi por acaso que Ursula von der Leyen fez o anúncio na Sorbonne. A Universidade, onde estudou e ensinou Marie Curie, a primeira mulher Prémio Nobel da história, representa tudo aquilo que a presidente da Comissão Europeia, ambiciona: tornar a União um centro de atração para investigadores e cientistas estrangeiros. Para o concretizar avança um “novo envelope de 500 milhões de euros”.
No mesmo lugar, com um intervalo de minutos, Emmanuel Macron anunciou também que a França investirá mais 100 milhões para atrair investigadores estrangeiros, sobretudo dos Estados Unidos.
Está lançado o arpão à América Trumpista. No ano de 2025, num recuo histórico inédito, os EUA, farol da investigação mundial há décadas, estão a fazer da ciência uma atividade proscrita. Financiamento cortado a universidades e centros de investigação, com Harvard à cabeça, e vistos recusados a investigadores e cientistas de fora são os lados mais negros de uma política que Bruxelas pretende capitalizar e a França, individualmente, também.
“Estratégica e oportuna” – é assim que Paulo Jorge Ferreira, reitor da Universidade de Aveiro (UA), vê a decisão da presidente da Comissão Europeia e do presidente de França. “Num momento em que 75% dos cientistas norte-americanos ponderam emigrar, segundo um inquérito da “Nature”, a Europa surge como alternativa credível, desde que consiga garantir condições de trabalho estáveis, financiamento competitivo e liberdade académica”, explica ao JE.
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