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Rendimentos mensais dos angolanos limitam acesso a divisas

A obtenção de 8.000 euros por viagem, fixados pelo Banco Nacional de Angola, depende dos rendimentos mensais de cada cliente domiciliados nos bancos comerciais.
16 Janeiro 2019, 10h26

A obtenção de 8.000 euros por viagem, fixados pelo Banco Nacional de Angola, depende dos rendimentos mensais de cada cliente domiciliados nos bancos comerciais, não devendo ultrapassar 25 milhões de kwanzas (70 mil euros) por ano, disse um administrador do Banco Yetu.

Fernando Vunge, em declarações à agência noticiosa Angop, disse ainda que embora o montante por viagem tenha sido ajustado de 4500 para 8000 euros, é difícil os bancos concederem esse valor porque poucos angolanos têm rendimentos mensais equivalentes a esse montante.

Além daquele fator, que condiciona o acesso aos oito mil euros por viagem, o administrador apontou a dificuldade dos clientes dos bancos comerciais provarem a origem dos seus rendimentos mensais.

Obedecendo ao aviso n.º 13/13 do BNA, os bancos comerciais para disponibilizarem as divisas devem identificar e efectuar diligências sobre os clientes (de “Know Your Customer” e “Customer Due Diligence”), conferindo especial atenção à verificação da coerência entre a capacidade financeira/nível de rendimentos do cliente e os valores das suas transferências.

Essas medidas do banco central visam igualmente, na ótica do administrador do Banco Yetu, aferir se na verdade os fundos nas contas dos clientes, ao serem convertidos em divisas, não estão a servir para lavagem de dinheiro ou fuga de capitais. Os clientes que pretendam viajar podem aceder às divisas através de cartão eletrónico de pagamento, transferência bancária, em dinheiro ou em cheque sobre o estrangeiro.

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