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Representante da República indigita Albuquerque como presidente do Governo da Madeira

Esta semana PSD e CDS-PP já tinham fechado um acordo de Governo, e parlamentar, que permitiu assegurar a maioria absoluta na Região Autónoma da Madeira.
28 Março 2025, 15h07

O Representante da República, Ireneu Barreto, confirmou a indigitação do líder do PSD Madeira, Miguel Albuquerque, como presidente do Governo Regional da Madeira, esta sexta-feira, dando possibilidade ao social-democrata de formar governo na Região Autónoma.

O ato formal de indigitação de Albuquerque como presidente do Governo Regional da Madeira vai decorrer pelas 16h30, referiu Ireneu Barreto, quando o líder social-democrata voltar ao Palácio de São Lourenço (residência oficial do Representante da República), onde já esteve esta sexta-feira no âmbito das audições promovidas por Ireneu Barreto com os partidos que asseguraram assento parlamentar na sequência das eleições regionais de 23 de março.

“Os partidos foram unânimes no sentido de ser o PSD a formar Governo”, confirmou o Representante da República.

Ireneu Barreto expressou o desejo de que o Governo dure toda a legislatura, e vincou a necessidade que a Madeira possui de ter um executivo para toda a legislatura.

Questionado sobre o processo judicial no qual Albuquerque é arguido, na sequência das buscas judiciais de janeiro de 2024, Ireneu Barreto disse que “à justiça o que é da justiça e à política o que é da política”.

Esta semana PSD e CDS-PP já tinham fechado um acordo de Governo, e parlamentar, que permitiu assegurar a maioria absoluta na Região Autónoma da Madeira.

Esta sexta-feira o Representante da República recebeu os partidos que asseguraram representação parlamentar na Assembleia da Madeira.

O líder do PSD Madeira, Miguel Albuquerque, assegurou na audição com o Representante da República que os sociais-democratas madeirenses estão “prontos e aptos a formar um governo estável” para a Região.

Já o secretário-geral do Juntos Pelo Povo (JPP), Élvio Sousa, disse que a população determinou, no ato eleitoral de 23 de março, que queria “o PSD para governar” e o JPP com o papel de “fiscalizar, vigiar e ter a responsabilidade de ser o maior partido da oposição”.

Face a isto Élvio Sousa referiu que cabe agora ao JPP a “responsabilidade de fazer uma oposição séria, construtiva”.

Contudo Élvio Sousa afirmou que o partido vai “vigiar, com unhas e dentes, o PSD”.

O líder do PS Madeira, Paulo Cafôfo, por seu lado, afirmou que os socialistas vão fazer uma “marcação cerrada” ao futuro Governo PSD/CDS-PP, que vier a ser estabelecido na Assembleia da Madeira.

O socialista disse ainda que o executivo, que vai ser dirigido por Miguel Albuquerque, possui “todas as condições para governar e não há desculpas para não resolver os problemas” da população da Região Autónoma.

O líder do Chega Madeira, Miguel Castro, disse que a força partidária aceita os resultados eleitorais de 23 de março e deixou desejos de que a próxima legislatura, no Parlamento Regional, seja “profícua, e duradoura” e que a população tenha os seus interesses defendidos pelo futuro Governo Regional.

O dirigente partidário considerou também que os interesses da população da Região “devem estar salvaguardados e defendidos” e que a Madeira “tenha efetivamente uma estabilidade política durante uma legislatura”.

Na ausência do líder do CDS-PP Madeira, José Manuel Rodrigues, que se encontra ausente da Região por motivos pessoais, foi o dirigente centrista, Ricardo Vieira, que representou o partido na audição com o Representante da República. Ricardo Vieira assegurou que o acordo de governo, e parlamentar, entre CDS-PP e PSD, permite “estabilidade” para quatro anos, e também “um governo com maioria absoluta, com programa aprovado e orçamentos”.

Ricardo Vieira confirmou também que o acordo entre sociais-democratas e centristas assegura “posições concertadas” no Parlamento da Região, e que “haverá um cargo no governo que será da responsabilidade do CDS-PP”.

O dirigente centrista reforçou que o acordo entre PSD e CDS-PP “assegura a estabilidade” que povo quis que os partidos assegurassem depois do ato eleitoral de 23 de março.

Já o líder da Iniciativa liberal Madeira, Gonçalo Maia Camelo, disse que espera que o Governo, que vier a tomar posse na Assembleia da Madeira, dure toda a legislatura e que implemente as medidas que a Madeira precisa.

“Acabaram-se as desculpas”, afirmou Gonçalo Maia Camelo. “Se não houver estabilidade e se não forem tomadas as medidas que a Madeira precisa a culpa é do Governo”, reforçou o líder liberal madeirense.

Quanto ao papel que os liberais vão assumir no Parlamento, Gonçalo Maia Camelo disse que ao partido caberá “fiscalizar” o Governo.

O PSD venceu as eleições na Região Autónoma da Madeira, de domingo (23 de março), ao obter 43,4% dos votos, elegendo 23 deputados, e ficando a um deputado da maioria absoluta, de acordo com os resultados da plataforma do Ministério da Administração Interna (MAI).

Os sociais-democratas subiram o número de mandatos de 19 para 23 deputados face às últimas regionais realizadas em maio de 2024, e reforçou a sua votação de 36,1% para os 43,3%.

Seguiu-se o Juntos Pelo Povo (JPP) que passou de nove para 11 deputados, com a votação a crescer de 16,8% para 21%, enquanto que o PS passou de 11 para oito deputados e viu os votos reduzirem-se de 21,3% para 15,6%.

O Chega passou de quatro para três deputados e os votos caíram de 9,2% para 5,4%, enquanto que o CDS-PP passou de dois para um deputado e os votos desceram de 3,9% para 3%.

A Iniciativa Liberal (IL) manteve o deputado mas viu a sua votação recuar de 2,5% para 2,1% e o PAN perdeu a representação parlamentar.

A taxa de votação foi de 55,9% ficando acima dos 53,4% das eleições de maio de 2024.

Atualizado às 15h47

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