O ministro francês das Finanças revelou à CNBC que o acordo global sobre a taxação de grandes empresas e multinacionais está muito próximo, isto apesar da oposição de alguns países europeus onde estas taxas são mais baixas do que o limite mínimo de 15% que as economias mais avançadas do mundo pretendem agora implementar.
Bruno Le Maire, o ministro francês com a pasta das Finanças, revelou à cadeia norte-americana que o acordo “está à distância de um milímetro”, sinalizando a sua vontade e determinação em “traçar o caminho para um consenso” nesta matéria.
“O ponto chave é termos um acordo definido e adotado até ao final deste mês sobre um sistema internacional de taxação”, referiu Le Maire, acrescentando que “o acordo final poderá ser assinado na próxima semana, durante a reunião em Washington, ou no próximo encontro dos 20 países mais poderosos do mundo (G20) no final de outubro em Roma”.
A estratégia passa pela definição de uma taxa mínima de 15% a pagar pelas empresas nos países em que operam, por oposição a apenas naqueles onde estão sediados. A ideia encontrou forte oposição de países como a Irlanda ou a Hungria, onde a taxa de imposto para o sector empresarial é inferior a estes 15%.
Ainda assim, o primeiro-ministro interino irlandês, Leo Varadkar, sinalizou esta terça-feira ao Financial Times que as alterações ao documento inicial eram muito bem-vindas pelo executivo que lidera, visto que “respondem a quase todas ou mesmo à totalidade das preocupações” expressas pelo país relativamente a esta matéria.
Do lado húngaro, Péter Szijjártó, o ministro dos Negócios Estrangeiros, sublinhou a importância da atual taxa de 9% para a estratégia do país, classificando a competitividade fiscal como saudável. No entanto, e face à intransigência das principais economia envolvidas, a Hungria pedirá um período transitório de 10 anos para a implementação deste sistema.
Outros representantes europeus como Valdis Dombrovskis, o comissário para o comércio na UE, ou o ministro luxemburguês das Finanças, Pierre Gramegn, indicaram à CNBC a sua vontade de ver o acordo firmado no prazo indicado por Le Maire.
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