A Reserva Federal voltou a descer os juros diretores nos EUA, em linha com o esperado, abrandando o ritmo de descidas para os 25 pontos base (p.b.) depois do anterior corte de 50 p.b.. Com as atenções ainda colocadas na eleição norte-americana, a Fed manteve o seu curso de normalização monetária face a uma inflação em queda e ao arrefecimento do mercado laboral.
As taxas de juro diretoras ficam assim em 4,75%, já significativamente abaixo do pico de 5,5% deste ciclo de aperto monetário, isto depois de a normalização ter arrancado logo com um corte ‘jumbo’ de 50 p.b.. Se, à altura, o mercado se dividia quanto à magnitude do corte, na reunião desta semana a visão de que a descida seria de apenas 25 p.b. era quase unânime, recolhendo 99,1% da projeção dos investidores, segundo a FedWatch Tool, da CME Group.
Apesar do corte mais expressivo, Powell procurou reforçar a confiança na economia norte-americana, afastando preocupações acrescidas com uma possível recessão.
“A economia americana está em boa forma. Está a crescer a um bom ritmo. Esta decisão visa mantê-la nesse ponto”, resumiu Powell na conferência de imprensa que se seguiu à primeira descida de juros da Fed a seguir à pandemia e a primeira de 50 p.b. desde 2008, excluindo os cortes de emergência causados pela Covid-19.
Na leitura mais recente, o índice de preços no consumidor (IPC) desacelerou em setembro para 2,4%, a leitura mais baixa desde fevereiro de 2021 e o sexto mês consecutivo de recuos no indicador homólogo de preços. Por outro lado, a taxa de desemprego mantém-se historicamente baixa, embora acima da média do ano passado, ficando em 4,1% em outubro.
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