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Resgate a Portugal foi o terceiro maior de sempre na história do FMI

Apenas os resgates à Argentina e à Grécia superam o empréstimo financeiro da instituição liderada por Christine Lagarde a Portugal.
3 Janeiro 2019, 14h09

O resgate financeiro do Fundo Monetário Internacional (FMI) a Portugal foi o terceiro maior da história da instituição liderada por Christine Lagarde. O ranking das maiores injeções de capital do fundo é encabeçado pela Argentina e pela Grécia.

O resgate à Argentina em 2018 custou 57,1 mil milhões de dólares ao FMI (cerca de 51 mil milhões de euros), enquanto o resgate à Grécia em 2010 custou um total de 39,3 mil milhões de dólares (cerca de 34,5 mil milhões de euros), segundo a Bloomberg.

Já Portugal pediu em 2011 um empréstimo de 78 mil milhões de euros à troika composta pelo FMI, Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia. Dos 78 mil milhões de euros, o empréstimo concedido pelo FMI foi de 26,3 mil milhões de euros.

A agência noticiosa converteu os montantes de SDR [ativo de reserva internacional, criado pelo FMI em 1969] para dólares norte-americanos e coloca Portugal no pódio dos resgates.

A 10 de dezembro de 2018, o ministro das Finanças confirmou que Portugal já pagou a totalidade do empréstimo ao FMI. Em conferência de imprensa, Mário Centeno disse que “o total das poupanças acumuladas com os pagamentos antecipados ao longo dos últimos dois anos ascende a 1,16 mil milhões de euros”. “As poupanças estimadas com este pagamento antecipado de hoje são cerca de 100 milhões de euros”, afirmou aos jornalistas o governante que ontem foi distinguido com o título de “Melhor ministro das Finanças da Europa em 2018” pela revista britânica “The Banker”.

Em entrevista ao Jornal Económico, no passado dia 19 de outubro, o secretário de Estado das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, tinha anunciado que Portugal iria pagar 2.000 milhões de euros ao FMI ainda este ano.

Ainda assim, foi a aprovação de uma linha de crédito de 57,1 mil milhões de dólares para Buenos Aires que ‘conquistou’ o título de maior de sempre e apoiou o país liderado por Mauricio Macri a enfrentar a recessão e a desvalorização do peso argentino. Recentemente, o FMI previu que a recuperação económica da Argentina iria começar já no segundo trimestre de 2019.

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