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Respostas Rápidas: O que vai nascer nos terrenos da antiga Feira Popular?

Depois de ter sido comprada à quarta tentativa em hasta pública, estão já em perspetiva os projetos que poderão vir a surgir no lugar que outrora foi um parque de diversões.
13 Dezembro 2018, 07h30

Finalizada a compra dos terrenos da antiga Feira Popular começam agora a ser idealizados os projetos a serem criados no espaço que acabou por custar mais 80 milhões de euros do que acima dos previstos pela Câmara Municipal de Lisboa (CML), com a Fidelidade a pagar desde já 30% do valor das vendas.

Quem comprou os terrenos da antiga Feira Popular?

A seguradora Fidelidade Property Europe S.A comprou todos os lotes que se encontravam em hasta pública na Operação Integrada de Entrecampos, batendo a concorrência das outras duas empresas que se encontravam em concurso, a Dragon Method, SA., e a MPEP — Properties Escritórios Portugal, S.A.

Por quanto foram comprados os antigos terrenos da Feira Popular?

No total os três lotes correspondentes à área do espaço situado em Entrecampos foram vendidos por 273,9 milhões de euros, mais 85 milhões do que o inicialmente previsto pela CML.

Qual o valor pelo qual foi vendido cada um dos três lotes?

O lote A foi comprado por 83,1 milhões de euros, tendo começado com um preço base de 46,1 milhões de euros e ocupa uma área de 11.356 m2. O lote B, que se divide em B1 e B2, teve um custo total de 155,4 milhões de euros, após 165 lances, sendo que 88,3 milhões se destinaram à zona B1 e 67,1 milhões à zona B2. No lote C foram gastos 35,4 milhões de euros, tendo começado por uma base de licitação de 27,9 milhões de euros, que corresponde a um terreno com 13.278 metros quadrados situado na Avenida Álvaro País.

O que está projetado para cada um dos lotes?

Além da nova sede da seguradora Fidelidade (atualmente situada no Largo do Calhariz) estão a ser equacionadas zonas de comércio e serviços, parques de estacionamento público e privado e no lote B uma zona habitacional. Segundo o projeto inicial da CML, nos 25 hectares destes terrenos  estão previstos a construção de 700 fogos de habitação com renda acessível e 279 fogos em regime de venda livre.

A envergadura deste novo projeto imobiliário, que envolve não só escritórios comércio e serviços, mas também habitação, irá certamente traduzir-se no potencial encontro com outros investidores e parceiros que, conjuntamente com a Fidelidade, tornarão este Empreendimento um ícone da nossa Cidade”, referiu a empresa.

Segundo um comunicado, a nova sede da seguradora “teve início há cerca de um ano, através de uma série de estudos de soluções que procuraram assegurar uma maior eficiência organizacional e a criação de melhores condições de espaço e bem estar para os colaboradores e, ao mesmo tempo, dar continuidade à estratégia de afirmação da marca, o que passa por construir um edifício-sede em moldes inovadores, aberto à Comunidade nas suas várias dimensões e vertentes”.

O que diz a autarquia de Lisboa?

Fernando Medina marcou presença na reunião da hasta pública para a venda dos terrenos da antiga Feira Popular, e sublinhou que os “80 milhões que excederam as estimativas iniciais da autarquia vão ser aplicados no reforço de casas com renda acessível”. De resto já tinha sido anunciado que esta venda iria contribuir para apoiar 500 casas de rendas entre os 200 e os 600 euros para famílias de classe média O autarca fez questão de recordar que “com os impostos e taxas, no total, esta transição vai ultrapassar os 300 milhões. Chegando aos 400 milhões depois da construção”.

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