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Respostas rápidas: saiba o que se diz sobre a vacinação dos políticos

Desde quem tem direito, passando pelos argumentos que a suportam até aos que já rejeitaram receber a vacina, saiba o que se diz sobre a vacinação dos políticos.
  • Reuters
27 Janeiro 2021, 12h45

O tema da vacinação dos titulares de órgãos de soberania está em discussão e sobre o assunto existem diversas opiniões e algumas dúvidas. Desde quem tem direito, passando pelos argumentos que suportam a decisão até aos que já rejeitaram receber a vacina, saiba o que se diz sobre a vacinação da classe política.

Quem vai ter direito? Deputados? Governo?

Num despacho emitido pelo primeiro-ministro, António Costa, na terça-feira, ficou definido que tinham direito a fazer parte do grupo prioritário “titulares de órgãos de soberania, deputados e funcionários da Assembleia  Na lista estão ainda incluídos “a Provedora de Justiça, os membros do Conselho de Estado, a magistratura do Ministério Público, os membros dos órgãos próprios das Regiões Autónomas e os presidentes de Câmara, enquanto responsáveis principais da proteção civil”.

Quando começam a ser vacinados?

Segundo o mesmo despacho, está previsto que os membros políticos vão começar receber a vacina na próxima semana, ou seja, a partir do dia 1 de fevereiro. Na segunda-feira, a ministra da Saúde tinha revelado aos jornalistas que os titulares de órgãos de soberania seriam vacinados contra a Covid-19, depois de uma reunião com a Task-Force do Plano de Vacinação contra a Covid-19.

“Seguidamente, iremos avançar para a vacinação dos outros serviços essenciais, como tínhamos previsto: profissionais de emergência pré-hospitalar, designadamente bombeiros, profissionais de serviços essenciais, forças de segurança e, entre eles, titulares de órgãos de soberania. Iniciarão a sua vacinação a partir da semana que vem”, explicou Marta Temido.

Quais os argumentos para vacinar os políticos?

A decisão surgiu depois de o ministro da defesa, João Gomes Cravinho, ter testado positivo para a Covid-19, no domingo, 24 de janeiro. Assim, João Gomes Cravinho passou a ser o sétimo ministro do executivo de Costa a ficar infetado, cinco dos quais em janeiro de 2021.

No dia 19 de janeiro, o Governo confirmou que o ministro de Estado da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira estava infetado. Três dias antes, o mesmo aconteceu com o ministro das Finanças, João Leão, que testou positivo para a Covid-19. A 14 de janeiro, o Governo confirmou que a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, tinha testado positivo à Covid-19 e tinha “sintomas ligeiros”.

Antes das mais recentes infeções, o ministro do Planeamento, Nelson de Souza esteve infetado com a Covid-19 em novembro de 2020 e em o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor também testou positivo para a Covid-19.

Quem rejeitou a vacina?

Os líderes à direita e centro já rejeitaram receber a vacina. Rui Rio partilhou no Twitter que o Governo errou na sua mais recente decisão. ” Volta a errar por via do exagero. Não inclui os médicos do setor privado, mas alarga, por exemplo, à globalidade dos órgãos de soberania. Falta firmeza e bom-senso”, escreveu Rui Rio.

Ao centro, o líder do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos explicou, no Facebook, que prefere “dar prioridade na vacinação a todos os titulares de órgãos de soberania é um péssimo exemplo ao país e um insulto aos que mais sofrem com esta pandemia”.

No Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo apontou no twitter que: “Os meus pais têm mais de 90 anos e ainda não foram vacinados. Não vou ser vacinado antes deles apenas por ser deputado. Não tem lógica”.

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