[weglot_switcher]

Romenos da Elrond Network compram empresa de criptomoedas portuguesa Utrust

O unicórnio de Sibiu pretende aproximar-se de dois dos seus objetivos-chave: tornar os pagamentos mais rápidos, mais baratos e mais seguros com recurso à blockchain e transformar os serviços de processamento de pagamentos.
11 Janeiro 2022, 14h43

O sector tecnológico continua em polvorosa no mercado transacional português. A empresa romena Elrond Network, que criou uma tecnologia blockchain capaz de processar 100 mil transações por segundo, anunciou esta terça-feira que comprou a startup de criptomoedas Utrust, por um valor que não foi revelado ao público.

O unicórnio de Sibiu pretende aproximar-se de dois dos seus objetivos-chave: tornar os pagamentos mais rápidos, mais baratos e mais seguros com recurso à blockchain e transformar os serviços de processamento de pagamentos em fontes de rendimento para os comerciantes, de acordo com a informação divulgada esta manhã aos meios de comunicação social.

Em 2018, a Elrond desenvolveu uma tecnologia com o intuito de mudar o paradigma do sistema financeiro: blockchain com maior largura de banda e baixa latência a custo mais baixos, para democratizar o acesso a pagamentos digitais. Agora, ao adquirir a bracarense Utrust, a empresa quer tornar os pagamentos verdadeiramente nativos digitais, garantir que os comerciantes os recebem de forma segura e praticamente instantânea e a custos mais baixos e aplicar mecânicas de DeFi (finanças descentralizadas, Decentralized Finance), porque a startup portuguesa foi das primeiras soluções de pagamentos cripto a disponibilizar transações imediatas, proteção do consumidor e resoluções crypto-to-cash.

Segundo a Elrond, o problema está nos processadores de pagamentos totalmente digitais que continuam a oferecer resoluções lentas e cobram aos comerciantes entre 3 a 11% do valor de cada transação, um volume que representa, muitas das vezes, a diferença entre o lucro e a falência de uma empresa.

“Os pagamentos devem ocorrer de forma quase instantânea, globalmente, e a um preço trivial. O nosso principal objetivo é disponibilizar esta visão a comerciantes em todo o mundo. O segundo produto que vamos desenvolver com o mais recente membro da família Elrond é o merchant yield, uma solução de processamento de pagamentos DeFi-first que irá fornecer rendimentos aos comerciantes em vez de lhes exigir o pagamento de uma percentagem por cada valor transacionado. As implicações são enormes e as vantagens claras”, explica o CEO, Beniamin Mincu, em comunicado.

“A ideia de transformar pagamentos em fontes de rendimento soou-nos tão estranha como a qualquer pessoa que pense nisso pela primeira vez. Após explorar a ideia juntamente com a Elrond, percebemos não só que é uma possibilidade como é algo inevitável no futuro dos pagamentos. Por isso, decidimos unir esforços e acelerar a implementação de pagamentos DeFi”, comentou a CEO da Utrust, Sanja Kon.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.