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Rui Rio sugere que portugueses devem “agradecer” a Marcelo por “lindos serviços político-judiciais”

O ex-presidente do PSD partilhou um artigo de opinião do diretor-executivo da CNN Portugal e sugere que além de Lucília Gago, os portugueses devem agradecer ao Presidente da República a atual situação política.
O presidente do Partido Social Democrata (PSD), Rui Rio, durante o segundo dia do 38º Congresso do Partido Social Democrata (PSD), em Viana do Castelo, 8 de Fevereiro de 2020.
13 Março 2024, 10h09

O ex-presidente do PSD, Rui Rio, considera, em tom irónico, que Portugal não deve apenas um “agradecimento” a Lucília Gago pelos serviços político-judiciais e sugere que há alguém “muito importante”, a quem os portugueses devem agradecer, numa nota implícita que visa Marcelo Rebelo de Sousa.

A publicação de Rui Rio nas redes sociais esta terça-feira vem no seguimento de um artigo de opinião do diretor-executivo da CNN Portugal, Pedro Santos Guerreiro, em que este agradece (também em tom irónico) à Procuradora-Geral da República por ter desencadeado a operação judicial (Operação Influencer) que levou à queda de um Governo suportado por uma maioria absoluta do PS

“Num belo dia de novembro, o Ministério Público decidiu brincar aos polícias e ladrões e fazer tombar um primeiro-ministro ainda não sabemos porquê”, escreveu o responsável editorial da CNN Portugal.

Rui Rio vai mais longe e considera que é “um pouco injusto agradecer apenas à PGR”. De acordo com a opinião do ex-presidente do PS, esses “agradecimentos devem ser estendidos a “alguém muito mais importante” a quem os portugueses devem um “grande obrigadão” por “lindos serviços político-judiciais que têm sido prestado ao país em geral e à democracia em particular.

A Operação Influencer, que se tornou pública no início de novembro do ano passado pelo Ministério Público (MP), envolveu 42 buscas e levou à detenção de cinco pessoas.

No total, há nove arguidos no processo, incluindo o agora ex-ministro das Infraestruturas João Galamba; o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta; o advogado, antigo secretário de Estado da Justiça e ex-porta-voz do PS João Tiago Silveira; e a empresa Start Campus (que foi sujeita a uma caução de 600 mil euros).

O primeiro-ministro, António Costa, é alvo de um inquérito no MP junto do Supremo Tribunal de Justiça, após suspeitos no processo que investiga tráfico de influências no negócio de um centro de dados em Sines (entre outros negócios) terem invocado o seu nome como tendo tido intervindo para desbloquear procedimentos.

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