A Iniciativa Liberal exige que Mário Centeno abandone o cargo de Governador do Banco de Portugal. “Neste momento só tem um caminho a seguir, que é abandonar a função de Governador do Banco de Portugal”, referiu o líder da IL, Rui Rocha aos jornalistas esta segunda-feira, 13 de novembro.
O Governador do Banco de Portugal corrigiu, através de comunicado, as declarações dadas ao “Financial Times” no domingo. Mário Centeno diz que “é inequívoco que o Presidente da República não me convidou para chefiar o Governo” tendo em conta a decisão de dissolver a Assembleia da República.
Mário Centeno admite que foi convidado por António Costa a “refletir sobre as condições que poderiam permitir que assumisse o cargo de primeiro-ministro”. “O convite para essa reflexão resultou das conversas que o senhor primeiro-ministro teve com o senhor Presidente da República”, lê-se no comunicado assinado por Centeno.
Além desta polémica, a Iniciativa Liberal pede para que as eleições antecipadas sejam realizadas antes do mês de março, salientando que o país não pode estar “mais cinco meses com António Costa”.
“Nos últimos dias que o calendário para as eleições é demasiado longo e tudo isso está a confirmar-se dia a dia com todos estes factos. Não podemos continuar com esta situação que é um verdadeiro lamaçal de degradação à vista dos portugueses. O desafio e apelo que faço ao Presidente da República é que ainda está a tempo de começar a resolver esta situação. O que está a acontecer nas últimas horas demonstra que o país não pode estar nas mãos de António Costa mais cinco meses”, afirmou Rui Rocha.
O líder da IL, sublinhou que o primeiro-ministro, mesmo que o ajudassem, não tem condições para terminar o mandato com dignidade. “Não há possibilidade de António Costa permanecer até março em funções”, realçou.
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