Ryanair descarta voltar a voar antes de junho

A companhia aérea Ryanair descartou esta terça-feira conseguir voar novamente antes do próximo mês de junho devido à propagação do novo coronavírus. A low-cost irlandesa garante que continuará a cumprir as instruções dos diferentes governos e pede desculpas aos viajantes pelos sucessivos cancelamentos.

Numa carta enviada a todos os clientes, o CEO admite que o futuro é agora “incerto”, mas garante que esta crise causada pela pandemia “passará”. “Faremos tudo o que for possível para manter os nossos aviões, as nossas tripulações e as nossas equipas de engenharia em operação para que, quando a Europa derrotar a Covid-19, estarmos prontos para voar novamente”, escreve Michael O’Leary.

O gestor desta transportadora aérea refere que a Rynair disponibilizou aeronaves para que as autoridades europeias possam fazer tanto voos de resgate como transporte de bens essenciais, entre os quais medicamentos, equipamentos de proteção individual ou mesmo alimentos em caso de emergência.

“Os nossos governos e agências de saúde estão a tomar medidas sem precedentes, mas precisam do nosso apoio. Portanto, ao trabalhar em conjunto, podemos ajudar a eliminar o coronavírus e permitir que as nossas vidas voltem ao normal”, pode ler-se na missiva.

Em relação aos passageiros cujo voo foi cancelado devido a estas restrições, a Ryanair diz que irão receber um email nas próximas semanas com informação sobre as opções disponíveis.

A Ryanair anunciou na semana passada que, a partir da meia noite desta quarta-feira (25 de março), iria suspender todas as viagens em resultado do surto da Covid-19. Nessa altura, o grupo que transportou 154 milhões de pessoas na Europa em 2019 referiu que as únicas exceções seriam “um pequeno número de voos destinados a manter as ligações essenciais, principalmente entre o Reino Unido e a Irlanda”.

“A disseminação do vírus Covid-19 levou a maioria dos governos da União Europeia a impor severas proibições e restrições de viagens, o que impactou negativamente a programação de todas as companhias aéreas do grupo”, justificou a empresa irlandesa, nesse mesmo comunicado.