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Salários a partir de 3.000 euros com alívio do IRS acima dos 200 euros. Veja aqui as simulações da EY

Novo corte do IRS proposto pelo Governo vai resultar numa poupança anual que poderá ser superior a 400 euros face aos atuais escalões do imposto. Reduções propostas variam entre 0,4 pontos percentuais (pp) e 0,6 pp nos oito primeiros escalões já em agosto. Para rendimentos brutos entre 1.200 euros e 6.000 euros, entre o 3º e 7º escalões, alívio varia entre 62 e 414 euros. Bónus supera os 200 euros para salários a partir dos 3.000 euros no 5º escalão. Veja aqui as simulações da EY.
3 Julho 2025, 13h17

Com as novas taxas do IRS, propostas pelo novo Governo, as famílias portuguesas vão ficar com mais rendimento líquido em 2025. Uma poupança que se soma àquela que já está a ser sentida com as alterações introduzidas no ano passado e no OE2025. Segundo a proposta do Governo que deu entrada na Assembleia da República, entre o primeiro e o terceiro escalão a redução é de 0,5 pontos percentuais (pp), 0,6 pp entre o quarto e sexto e 0,4 pp no sétimo e oitavo escalões.

A descida adicional de IRS contempla uma redução global de 500 milhões de euros, podendo as poupanças chegar a 414 euros face ao previsto no OE e tem efeitos retroativos a janeiro deste ano. O Executivo de Montenegro pretende a redução das taxas de IRS já em agosto para aumentar o consumo no verão, com o Governo a temer um abrandamento da economia.

Veja aqui as simulações da EY

De acordo com as simulações da EY, para o caso de um solteiro, sem filhos, a poupança anual para um rendimento bruto mensal de 1.200 euros -no 3º escalão de rendimento, onde o governo propõe um corte de taxa de 0,5 pontos percentuais -, será de 61,69 euros, ou 5,2 euros mensais, face às atuais taxas em vigor com medidas do OE2025. Comparando com março do ano passado, e alteração de taxas aprovada na altura, o alívio anual ascende a 128 euros.

Para um mesmo agregado, com rendimentos de 1.500 euros mensais brutos, também do 3º escalão do IRS, a poupança face ao previsto inicialmente para este ano será de 83 euros, um alívio igual ao registado no mesmo patamar de rendimentos para outro tipo de agregados como solteiros com filhos e casados com e sem filhos. Já pensionistas que recebam 1.500 euros terão um alívio anual de 83 euros.

Entre salários brutos de 1.750 e 2.500 euros, entre o 4º e 6º escalões, onde o Executivo pretende reduzir o IRS em 0,6 pontos percentuais, as poupanças superam os100 euros. É o caso dos solteiros e casados (um titular), com ou sem filhos, que terão, face ao IRS deste ano, um alívio anual de 103 euros, num bónus que sobe para 166 euros para salários de 2.500 euros.

Para pensionistas, no mesmo intervalo de rendimentos, o reforço anual do rendimento disponível será entre 103 e 166 euros.

Já para salários brutos a partir de 3.000 euros o alívio fiscal passa a ser superior a 200 euros. É o caso dos solteiros com e sem filhos que com a nova redução do IRS terão um bónus anual de 207 euros. Um alívio fiscal que baixa para 190 euros neste mesmo patamar de rendimento no 6º escalão, no caso dos casados (um titular) com e sem filhos, segundo as simulações da EY. Pensionistas que recebam uma pensão de 3.000 euros terão, por sua vez, um alívio anual de 208 euros.

No caso de salários brutos entre o 7º e 8º escalão, cuja proposta do Governo prevê um corte do IRS de 0,4 p.p, as poupanças variam entre os 241 e 414 euros. Contribuintes solteiros, com ou sem filhos, comum salário de 3.500 euros vão ter um alívio anual de 241 euros. Um bónus que baixa no mesmo patamar de rendimentos para 227 euros no caso dos casados (um titular) com e sem filhos. Para pensões de igual montante, o rendimento líquido disponível anual é de 244 euros.

O alívio fiscal chega aos 414 euros para contribuintes com salários brutos que estejam no 8º escalão, como os casados com e sem filhos que aufiram 6.000 euros. Já no caso dos solteiros, com ou sem filhos, o bónus anual será de 365 euros. Para o mesmo salário bruto, os pensionistas terão uma poupança de 384 euros.

Proposta da AD baixa menos no 7º e mais no 8º escalão face a anterior proposta

A proposta que deu entrada no Parlamento na semana passada, após ter sido aprovada num Conselho de Ministros extraordinário, calibra as taxas de forma diferente da versão original que o PSD apresentou há um ano, a qual propunha baixar as taxas dos 7.º e 8.º escalões em 0,50 e 0,25 pontos percentuais, passando de 43,50% para 43% e de 45% para 44,75%, respetivamente, e que foi rejeitada com os votos de PS e Chega. A nova iniciativa pretende reduzir a tributação dos dois patamares mais elevados em 0,40 pontos para 43,10% e 44,60%, baixando menos no 7.º escalão e mais no 8.º que abrange rendimentos entre os 44.987 euros e os 83.696 euros anuais.

A maior descida em termos relativos verifica-se nos quintos e sextos escalões de rendimento em que a taxa leva um corte de 0,6 pontos percentuais para de 32% para 31,4% e 32,5% para 34,9%. A descida proposta vai até ao oitavo escalão que abrange rendimentos entre os 44.987 euros e os 83.696 euros anuais.  Também o sétimo escalão é beneficiado com uma baixa de 0,4 pontos percentuais para os 43,1%. De fora fica apenas o nono escalão para rendimentos acima de 83.696 euros anuais.

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