O atual ministro das Finanças e o seu sucessor trocaram acusações quanto à vitalidade das contas públicas, nomeadamente do saldo orçamental, com Joaquim Miranda Sarmento a falar numa deterioração nos últimos meses – e já após as eleições – enquanto o seu antecessor, Fernando Medina, acusa o atual Executivo de má vontade ou falta de capacidade. Quanto a um possível orçamento retificativo, o Governo continua sem abrir o jogo.
O retorno a um défice orçamental no arranque do ano já era conhecido: os dados da Direção-Geral do Orçamento (DGO) divulgados na terça-feira mostravam já uma passagem de um saldo positivo de 1.177 milhões de euros no início deste ano para um défice de 259 milhões de euros fruto de uma subida de 15,1% na despesa combinada com uma queda de 7,4% na receita. No entanto, segundo o ministro das Finanças, este valor não corresponde à real situação das finanças públicas.
“Se a estes quase 300 milhões de euros de défice somarmos o aumento das dívidas a fornecedores, também de 300 milhões entre janeiro e março, ficamos com um défice de quase 600 milhões de euros”, expôs Miranda Sarmento em conferência de imprensa esta quinta-feira. “A situação orçamental é bastante pior do que o anterior Governo tinha anunciado”, reforçou após o Conselho de Ministros.
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