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Secretário-geral da OPEP descarta queda na procura de petróleo

“Antes de tudo, quero deixar claro que não posso comentar uma decisão saudita, mas isso não deve de forma alguma ser mal interpretado e visto como uma diminuição na procura”, referiu Haitham Al Ghais, secretário-geral da OPEP, à ‘Reuters’ na cúpula de Governos mundiais.
13 Fevereiro 2024, 13h40

A Arábia Saudita decidiu adiar os planos de expansão da sua capacidade petrolífera, no entanto, o secretário-geral da OPEP, afirma que esta decisão não deve de ser interpretada como uma avaliação de que a procura por petróleo está a cair.

“Antes de tudo, quero deixar claro que não posso comentar uma decisão saudita, mas isso não deve de forma alguma ser mal interpretado e visto como uma diminuição na procura”, referiu Haitham Al Ghais, secretário-geral da OPEP, à ‘Reuters’ na cúpula de Governos mundiais.

No final do mês passado a Arábia Saudita ordenou que a petrolífera estatal, Aramco, reduzisse a sua capacidade de produção para 12 milhões de barris por dia. Segundo avança a ‘Reuters’, este plano de redução já estava a ser preparado há pelo menos seis meses, e com base numa avaliação que afirmou que grande parte da capacidade excedentária da Arábia Saudita não estava a ser monetizada.

A Arábia Saudita é o maior exportador de petróleo do mundo e líder da OPEP. A OPEP aumentou as suas previsões da procura mundial de petróleo a médio e longo prazo, esperando que a procura atinja, até 2045 os 116 milhões de barris por dia.

“Mantemos o que foi publicado nas nossas últimas previsões e acreditamos que é robusto”, sublinha Al Ghais.

O secretário-geral da OPEP falou também sobre a saída de Angola do grupo, afirmando que “não é a primeira vez que um membro sai da organização. Já tivemos membros que saíram e membros que voltaram, e alguns saíram e voltaram de novo, portanto não estou muito preocupado com isso”.

No final do ano passado o país africano anunciou que ia sair da OPEP, uma decisão que provocou uma queda nos preços do petróleo na altura e que levantou algumas questões sobre a unidade da OPEP e a aliança mais ampla da OPEP+.

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