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Serviço de Saúde da Madeira esclarece queixas sobre falta de medicamentos

O Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (SESARAM) salientou que em 2024 foram disponibilizados cerca de 30 milhões de euros para os medicamentos da área oncológica.
20 Janeiro 2025, 14h29

O Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (SESARAM) assegurou que tem existido um reforço do investimento na área do medicamento, de modo a fazer face às “crescentes necessidades” dos utentes, em resposta ao avançado pelo Diário de Notícias da Madeira, dando conta de que existem mais doentes oncológicos que não conseguem cuidados de saúde por falta de medicamento na farmácia do hospital. O serviço salientou que em 2024 foram disponibilizados cerca de 30 milhões de euros para os medicamentos da área oncológica.

“A área do medicamento está em constante evolução. Os médicos afetos a área da oncologia nunca desistam dos seus doentes e muitas vezes propõem reajustes terapêuticos, porque o tratamento não está a resultar ou porque pretendem utilizar algum medicamento inovador. Para todas estas situações o conselho de administração e as direções técnicas estão em plena harmonia”, salientou o SESARAM.
O mesmo organismo referiu que a prioridade “está bem definida” no SESARAM, e passa por assegurar os medicamentos aos doentes.
“Para acompanhar esta tendência de crescimento, o SESARAM no ano de 2024 disponibilizou cerca de 30 milhões de euros para os medicamentos da área oncológica”, referiu o serviço de saúde.
“O SESARAM assegura uma gestão na base da transparência e com muito profissionalismo. Inclusive, já foi admitido que, no mês de dezembro, a administração foi confrontada com algumas dificuldades financeiras, ultrapassadas com o reforçou financeiro recebido ao longo do mês de dezembro”, acrescentou o serviço de saúde da Região.
O SESARAM esclareceu que para disponibilizar um medicamento a um doente “não basta pagar/cabimentar”, lembrando que a Região é uma ilha sendo “diariamente confrontada com constrangimentos” ao nível dos transportes.
“Sim, é verdade que há atrasos na entrega de medicamentos, que em muitos casos inviabiliza a sua utilização, como aconteceu ainda na semana passada com um medicamento específico. Sim, é verdade que também existem ruturas no fornecedor. Sim, é verdade que existem medicamentos exclusivos de um determinado fornecedor. Sim, é verdade que muitos dos medicamentos para o tratamento oncológico não existem nas farmácias comunitárias”, disse o serviço de saúde.
O SESARAM acrescentou que dá resposta a 2.640 utentes oncológicos e realiza diariamente a dispensa de medicamentos a cerca de 150 utentes, “procurando sempre responder com qualidade e segurança”.
É ainda dito pelo serviço de saúde que o medicamento Encorafenib (medicamento contra o cancro) é um dos 2.900 produtos farmacêuticos do Formulário Hospitalar de Medicamentos, sendo atualmente dispensado a seis utentes.
“O Encorafenib foi devidamente cabimentado. Sendo um produto exclusivo, não havendo assim, um fornecedor alternativo, o SESARAM aguarda a receção do mesmo, até ao final da semana. É importante esclarecer que os desafios com os quais o SESARAM tem-se confrontado, em nada refletem o compromisso que este Serviço tem para com os utentes da Região. Nesta senda, vem este Serviço apelar à importância na arte do bem informar. Pedimos objetividade e rigor na descrição dos factos”, disse o serviço de Saúde da Região.
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