O Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS) denunciou este sábado, 3 de outubro, que as urgências do Hospital Garcia de Orta estão em rutura, por situação prévias que a pandemia Covid-19 veio agravar, estando “a segurança dos doentes e profissionais em risco”.
“Desde Setembro de 2019, após sucessivas denúncias relativamente à escassez de recursos e ausência de condições de trabalho, não foram tomadas medidas para evitar a acentuada degradação da situação no Hospital Garcia de Orta”, denuncia o SMZS, relembrando que esta situação está a acontecer depois da “demissão em bloco dos chefes de equipa do Serviço de Urgência geral e do encerramento noturno do Serviço de Urgência pediátrica”.
“Desde o início da pandemia que os médicos especialistas que exercem funções no Serviço de Urgência geral e enfermarias médicas para doentes Covid e não Covid têm estado a trabalhar com grande dedicação, ultrapassando em centenas o limite de horas extraordinárias estipulado por lei”, indica o sindicato em comunicado, avisando que a capacidade de resposta a doentes médicos está abaixo dos mínimos estipulados e que a assistência a doentes está em risco.
“Os médicos estão em exaustão, a trabalhar em condições que não permitem garantir a capacidade de resposta às exigências do momento atual: se não forem tomadas medidas, irá haver uma rutura na capacidade de resposta a curto prazo”, aponta a organização. Além de uma possível rutura do serviço, o sindicato aponta que existe uma ausência de medidas concretas para reforçar o Serviço Nacional de Saúde e a falta de medidas para preparar antecipadamente o outono e inverno, algo que “compromete seriamente a resposta à pandemia e manutenção dos cuidados prestados a doentes com patologia não Covid”.
O Hospital Garcia de Orta conta com um Serviço de Urgência polivalente, recebendo uma média de 300 doentes adultos por dia, numa área de influência direta de 350 mil habitantes.
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