Os fabricantes automóveis britânicos juntaram-se com os seus credores para criar uma estrutura que proteja a cadeia de fornecimento da indústria no caso de o Reino Unido sair da União Europeia sem acordo, além da ameaça que constitui a pandemia de Covid-19, reporta a Bloomberg.
O plano, que inclui grupos como a Nissan e a Jaguar, prevê que, caso um fornecedor se encontre numa situação de dificuldade, os construtores possam antecipar ou melhorar as condições de pagamento. Para tal, as marcas automóveis irão contar com o apoio dos seus credores para avançar com o apoio financeiro necessário.
As negociações do Brexit, que têm produzido poucos resultados concretos e cada vez mais fazem adivinhar uma saída desordenada e sem acordo da UE, motivaram esta união. A indústria automóvel britânica teme que, no caso de não haver acordo, os componentes utilizados no fabrico dos seus veículos fiquem retidos na fronteira ou sujeitos a pesadas tarifas.
”Dada a natureza integrada das cadeias de fornecimento automóveis e a dependência de técnicas de produção just-in-time [um sistema de produção que determina que tudo deve ser produzido, transportado e comprado numa hora exata e pré-determinada] se um dos elementos da cadeia tem problemas isso pode comprometer todas as empresas envolvidas, incluindo os construtores automóveis, ameaçando um setor inteiro”, argumentou a Sociedade de Produtores e Comerciantes Motorizados, a promotora desta estrutura.
A produção automóvel no Reino Unido caiu 40% nos primeiros oito meses do ano.
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