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Shein tornou-se pioneira no ‘fast-fashion’ 2.0, ultrapassando Zara e H&M

Dados recentes da Coresight indicam que a empresa chinesa de fast-fashion, que atua apenas online, gerou receitas globais de 23 mil milhões de dólares no ano passado.
13 Dezembro 2023, 13h41

O grupo Inditex, dono de marcas como a Zara, Massimo Dutti, apresentou uma descida nas vendas do terceiro trimestre do ano, apesar do valor recorde acumulado. A marca sueca H&M prepara-se para divulgar os resultados de vendas, depois dos últimos dados datarem de agosto. No entanto as notícias chegam de ‘dificuldades’ numa altura em que a marca de fast-fashion chinesa Shein está pronta para uma Oferta Pública Inicial (IPO), segundo a “Reuters”.

De acordo com uma pesquisa da Coresight, a empresa chinesa de fast-fashion, que atua apenas online, gerou um total de 23 mil milhões de dólares em receitas globais no ano passado.

A Shein representou quase um quinto do mercado global de fast-fashion em 2022, ultrapassando marcas como a Zara e H&M. A empresa chinesa compete com preços muito baixos que atraem facilmente os compradores, e que criam uma ameaça no mercado de vestuário e acessórios face às outras empresas.

De acordo com Rui Ma, analista e fundador da revista de tecnologia Tech Buzz China, “a verdadeira força da Shein é reconhecer que eles não têm ideia do que nós queremos vestir”, afirmando que “confiam na capacidade de aumentar a produção muito rapidamente”.

Existem algumas características em comum entre as três marcas. Shein, Zara e H&M são as três conhecidas por replicar looks de passarela e entregá-los aos consumidores a um preço mais baixo, tendo as três enfrentado já várias críticas sobre roubo de designs.

A Shein tem sido a principal acusada deste tipo de plágio, tendo enfrentado um processo judicial em julho. No entanto, a principal estratégia da empresa é recorrer a uma rede de fornecedores, principalmente baseados na China, que contrariem as tendências tradicionais de produção, aceitando pedidos iniciais pequenos que depois possam ser aumentadas consoante a procura pelos produtos.

Foi a partir deste modelo de cadeia de abastecimento que tornou possível que a Shein criasse um modelo de negócio diferente das principais marcas do mercado, como a Zara e H&M, que foram as pioneiras na redução dos prazos de produção, mas que estão dependentes de estilos que os consumidores irão comprar.

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