[weglot_switcher]

Sindicato lamenta falta de vontade da Menzies de negociar problemas internamente

“Lamentamos que a direção da SPdH continue o seu estado de negação, e nos tenha encaminhado para soluções judiciais em vez de tentar resolver as nossas diferenças internamente”, escreveu o sindicado no comunicado enviado à Lusa.
Portway
27 Dezembro 2024, 21h36

O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) anunciou hoje que lamenta que a empresa de ‘handling’ Menzies (antiga Groundforce) procure vias judiciais em vez de “tentar resolver” problemas internamente.

“Lamentamos que a direção da SPdH continue o seu estado de negação, e nos tenha encaminhado para soluções judiciais em vez de tentar resolver as nossas diferenças internamente”, escreveu o sindicado no comunicado enviado à Lusa.

Para o sindicato, embora os efeitos da greve não tenham sido os esperados, foram “significativos” e “acima da jornada anterior”.

No rescaldo dos cinco dias de greve da empresa, iniciada no passado dia 22, o SIMA, em comunicado, acusa a direção da empresa de “amadorismo” e de mentir quando afirma que “ninguém aufere abaixo dos 950 euros”, algo que define como “desonestidade intelectual, bem como de pujante imoralidade”

Na quinta-feira, em declarações à Lusa, Carlos Oliveira, da direção do SIMA, referiu que a greve teve impacto em 23 voos no período da manhã, a que se somarão os 34 atrasos registados ou previstos no período da tarde e até ao final do dia.

Nesta contabilização do impacto da greve, para a qual disse não ter valores de adesão face ao modelo adotado (módulos de duas horas nas entradas e/ou saídas dos turnos), o dirigente sindical incluiu ainda um voo cancelado durante o dia de hoje.

Por sua vez, fonte oficial da ANA disse à Lusa que até às 17:00, a greve estava “sem impacto na operação”.

Criticando o que classifica de “arrogância pura e dura” da parte da empresa, o dirigente sindical salientou que há “uma série de ilegalidades” sobre as quais  ponderam recorrer à justiça, juntando-se às ações que já deram entrada contra o valor da remuneração mínima praticada (que está abaixo do salário mínimo), a exigência de pagamento do estacionamento e o incumprimento no pagamento das horas noturnas face ao previsto no acordo de empresa.

“Vamos ver o que os tribunais vão responder, mas a luta não fica por aqui e vamos ter novas paralisações, se calhar já na entrada para 2025”, precisou.

A greve da dos trabalhadores da Menzies, que prestam assistência em terra (‘handling’) nos aeroportos, teve início no passado dia 22 e prolongou-se até às 24:00 de quinta-feira.

Por seu lado, e após a paralisação dos dias 24 e 25, os trabalhadores da empresa de ‘handling’ Portway vão voltar à greve nos dias 31 de dezembro e 01 de janeiro, esperando uma adesão superior aos cerca de 30% a 40% registados naquele primeiro período.

Além de maior adesão, Fernando Henriques, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) afirmou à Lusa que vão também procurar evitar a “técnica” de “designação em massa de trabalhadores para os serviços mínimos” efetuada pela empresa no período do Natal.

Para tal, adiantou, vão ser os sindicatos a proceder à designação dos serviços mínimos no período de greve marcada para o final do ano.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.