O ministro da Economia considera que a maioria das empresas tem capacidade para responder ao aumento do salário mínimo para 705 euros já no próximo ano, tal como foi proposto pelo Governo, esta terça-feira, durante uma reunião da Concertação Social. O salário mínimo nacional é atualmente de 665 euros.
Aos jornalistas, à margem da reunião, Siza Vieira explicou que a proposta que o Governo apresentou aos parceiros sociais relativamente ao salário mínimo nacional (SMN) é “ajustada” às circunstância da economia, adiantando que o Executivo tomou nota das posições dos sindicatos e dos patrões.
“O valor deste ano é distinto do valor apresentado no ano passado porque as projeções para o próximo ano são de um crescimento sustentado da economia, da produtividade e da inflação reduzida. É uma proposta ajustada às circunstâncias da economia”, explicou.
Sza Vieira frisa que, embora do lado das confederações sindicais tenha sido partilhada a noção de que a “proposta era insuficiente”, do lado das confederações empresariais foi ouvido “que as empresas, a maioria delas, tem a capacidade para absorver o aumento de salários”.
No entanto, o governante frisa que foram partilhadas preocupações relativamente a alguns sectores que possam ter dificuldades em dar essa resposta, nomeadamente, aqueles que estão mais “expostos à concorrência internacional e confrontados com custos de outras componentes de fatores de produção”.
Face a esta situação, Siza Vieira admitiu que Governo está disponível para “ajudar as empresas a absorverem uma parte dos encargos”, explicando que, uma vez que não se chegou a consenso, os patrões, os sindicatos e o Governo vão voltar a reunir-se na próxima semana.
“Temos que discutir ideias para ajudar as empresas a atravessar estas dificuldades. O Governo decidiu marcar uma próxima reunião para concluirmos a discussão sobre o salário mínimo”, atirou, apelando que as confederações sindicais e empresariais “apresentem propostas mais específicas” para serem concluídas as discussões.
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