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SNQTB diz que Banco Montepio recusou cláusula de salvaguarda relativa à subida da inflação

O Sindicato Nacional dos Quadros Técnicos e Bancários queria garantir a introdução de uma cláusula de salvaguarda, que permitiria um reajuste adicional caso a inflação anual de 2025 supere os 2,5% nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho com o Banco Montepio, que já consegui noutros bancos, mas o banco liderado por Pedro Leitão recusou, segundo o sindicato.
10 Março 2025, 19h00

O Sindicato Nacional dos Quadros Técnicos e Bancários queria garantir a introdução de uma cláusula de salvaguarda, que permitiria um reajuste adicional caso a inflação anual de 2025 supere os 2,5% nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho com o Banco Montepio, que já consegui noutros bancos, mas o banco liderado por Pedro Leitão recusou, segundo o sindicato.

“Tal como ocorreu nos demais processos de revisão salarial e de pensões para 2025, o SNQTB propôs, também quanto ao ACT do Montepio, uma cláusula de salvaguarda, que permita incrementar a atualização dos salários e pensões, para o corrente ano, caso ocorra o seguinte cenário: a taxa da inflação anual relativa a 2025 seja superior a 2,5%; nesse caso, seria aplicada a taxa correspondente ao diferencial entre a atualização de 2,5% e a taxa da inflação anual, até o limite máximo de 3%. Esta revisão seria realizada até 30 de abril de 2026 e com efeitos a 1 de janeiro de 2025. No caso das percentagens apuradas (…) serem iguais ou inferiores a zero, manter-se-ia a atualização de 2,5%”, mas o Banco Montepio recusou.

“Não obstante a razoabilidade e a justiça desta proposta do SNQTB, aceite, aliás, por outras Instituições de Crédito, o Montepio Geral recusou-a, refugiando-se no alegado impacto que esta cláusula cautelar poderá ter no orçamento de custos com pessoal (quanto aos trabalhadores no ativo) e no fundo de pensões (quanto aos reformados e pensionistas)”, revela o sindicato liderado por Paulo Gonçalves Marcos que considera que “estes argumentos não dignificam o Montepio”.

“A sua posição, refira-se, é tanto mais incompreensível se se tiver em conta os seus lucros, que quase quadruplicaram em 2024, ao crescerem 292,5% face aos resultados 2023”, acusa o SNQTB que acrescenta que “não pode deixar de censurar e de lamentar a posição minimalista e fechada do Montepio, um banco detido por uma Associação Mutualista”, da qual se “espera uma outra abordagem, mais social, mais orientada para as pessoas e menos para a maximização do lucro, custe o que custar”.

O Sindicato convida o Banco Montepio a rever a sua posição.

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