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Só BCP e Jerónimo Martins se salvaram da “maré vermelha” que veio de fora e invadiu o PSI

Por outro lado, “a maior pressão vendedora observada em empresas energéticas, como a EDP e a Galp, e nas tecnológicas reflete a preocupação dos investidores com a gestão de risco e a possível desaceleração económica”, destaca João Queiroz, head of trading do Banco Carregosa.
5 Agosto 2024, 19h25

BCP e Jerónimo Martins salvaram-se das perdas generalizadas que se verificaram não só em Portugal mas em todas as praças europeias e norte-americanas. “Esta resiliência pode ser atribuída ao seu perfil defensivo, típico de setores de consumo essencial”, destaca João Queiroz, head of trading do Banco Carregosa.

“O mercado português não ficou imune tendo-se observado uma pressão vendedora generalizada”, destacando-se pela positiva o BCP (que tinha sido protagonista pela negativa das perdas no PSI no final da semana passada) que valorizou 0,61% e a Jerónimo Martins com uma valorização de 0,93%”, realça este especialista.

Este analista considera que “a maior pressão vendedora observada em empresas energéticas, como a EDP e a Galp, e nas tecnológicas reflete a preocupação dos investidores com a gestão de risco e a possível desaceleração económica”.

“Com base na abertura da Europa, este início de semana nos mercados financeiros observamos pressões significativas, mas o DAX40 (1ª economia da Europa e 4ª mundial) recupera parte das suas perdas e atinge máximos da sessão com uma queda de -1,82%, enquanto o EuroStoxx50 diminui -1,5%. Nos EUA, os índices principais também estão em correção: Dow Jones -2%, S&P500 -2,25%, Nasdaq100 -2,15% e Russell2000 -2,86%. Estas quedas refletem a aversão ao risco global e as preocupações macroeconómicas predominantes”, explica.

Na Europa, “a recuperação parcial do DAX40 pode indicar um potencial alívio, mas o sentimento geral permanece cauteloso e avesso ao risco perante três possibilidades”: “Bancos Centrais novamente a atuarem de forma desfasada com a economia real; correção técnica de um mercado sobrecomprado com elevado prémio considerando as médias de 5 e 10 anos das métricas de avaliação relativa; e a apresentação de estimativas de resultados e de receitas reportados ao 2º trimestres estarem a ser inferiores ao esperado e que não contribuem para superar os receios de uma política monetárias ainda restritiva”.

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