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Sonae aumenta lucros em 24% no primeiro semestre

O volume de negócios consolidado aumentou 11% para 2.985 milhões de euros, enquanto o EBITDA subjacente cresceu 24% para 243 milhões. Cláudia Azevedo afirma que o semestre foi “muito positivo”.
21 Agosto 2019, 19h33

O grupo Sonae atingiu no final do primeiro semestre do ano resultados líquidos de 38 milhões de euros, o que, numa base comparável – excluindo o impacto da venda de uma participação na Outsystems no segundo trimestre do ano passado – resulta num crescimento de 24%, segundo adianta o grupo em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Ao mesmo tempo, e para o período em referência, o volume de negócios consolidado da Sonae aumentou 11% para 2.985 milhões de euros, enquanto registou uma melhoria da rentabilidade operacional, com o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) subjacente a aumentar 24% para 243 milhões e o EBITDA a aumentar 9,6% para 284 milhões de euros.

Por outro lado, o investimento ascendeu a 189 milhões de euros, crescendo 25,3%, impulsionado por expansão orgânica e aquisições, e a dívida líquida diminuiu 131 milhões (em base comparável).

Cláudia Azevedo, CEO da Sonae, afirmou, citada pelo comunicado, que “a Sonae teve um primeiro semestre muito positivo, com forte crescimento, melhorias de rentabilidade e importantes marcos em termos de gestão de portefólio. O volume de negócios consolidado cresceu com uma contribuição particularmente forte da Sonae MC, um crescimento sólido na Sonae IM e uma melhoria de desempenho da Worten e Sonae Fashion no segundo trimestre”.

Os negócios não consolidados “também registaram evoluções muito positivas do volume de negócios, especialmente a MDS e ISRG. Estes resultados dão-nos um maior conforto de que as propostas de valor dos nossos negócios são verdadeiramente apreciadas pelos nossos clientes”.

Dado este conjunto de resultados, a robustez da nossa proposta de valor e a força das nossas equipas de gestão, permanecemos confiantes que 2019 será um ano muito positivo para a Sonae”. O crescimento das várias áreas de negócios permitiu a criação de mais de 1.200 postos de trabalho nos últimos 12 meses.

No retalho alimentar, a Sonae MC registou uma vez mais um sólido desempenho das vendas, com o volume de negócios a ultrapassar a marca dos 2 mil milhões de euros, um aumento de 10% em termos homólogos. Este crescimento foi sustentado, entre outros fatores, pela abertura de 30 novas lojas operadas (incluindo cinco lojas Continente Bom dia e uma loja Continente Modelo), e pela aquisição da Arenal (com um total de 42 lojas no final do semestre).

Em termos de rentabilidade operacional, o EBITDA subjacente da Sonae MC ascendeu a 207 milhões, aumentando 26,4 milhões em termos homólogos. A margem EBITDA subjacente atingiu 9,5%.

No retalho de eletrónica, a Worten atingiu um volume de negócios de 473 milhões de euros no semestre, em linha com o ano passado e um EBITDA subjacente de 15 milhões. “Este desempenho é o resultado de um aumento das vendas em termos homólogos no segundo trimestre, de 2%, apesar de em 2018 as vendas terem disparado na categoria de imagem (nomeadamente em televisores) devido ao Mundial de Futebol”. Em linha com a sua estratégia omnicanal baseada na digitalização, o Marketplace da Worten está a evoluir de forma positiva, reforçando o crescimento das suas vendas online, que se situou acima de 50% no segundo trimestre de 2019 em Portugal. “Face a este sucesso, a Worten decidiu reforçar a sua estratégia omnicanal em Espanha, implementando um programa ambicioso para melhorar a rentabilidade nesta geografia a curto-médio prazo, que inclui o reforço da aposta no online, a maior eficiência de custos na estrutura e a suspensão de lojas com menor retorno”, refere o comunicado.

A Sonae Fashion apresentou um forte crescimento do volume de negócios, com um crescimento de 7,4% em termos homólogos. No semestre, o crescimento total atingiu +3,5% em termos homólogos, para 177 milhões de euros.  Em termos de rentabilidade, a Sonae Fashion foi capaz de melhorar o EBITDA subjacente em 2,3 milhões, atingindo uma margem de 6,3%.

Os últimos 6 meses a ISRG registou um volume de negócios que aumentou 13,9% ou 40 milhões de euros face ao mesmo período do ano passado, atingindo 328 milhões, impulsionado pela JD e Sprinter. O EBITDA melhorou de 13 para 25 milhões, levando a uma margem de 7,8%.

A Sonae FS manteve a tendência positiva dos últimos trimestres, com o volume de negócios a aumentar 19,7% ou 2,9 milhões, para 17 milhões de euros e o EBITDA subjacente a crescer 2 milhões, traduzindo-se numa margem de 23,3%.

A Sonae IM manteve a estratégia de gestão ativa de portefólio, “investindo em novas empresas e reforçando ou reduzindo participações. Desde o início do ano, as principais alterações do portefólio estão relacionadas com a venda de 100% das ações da Saphety aos membros da sua equipa de gestão, apoiada pela Oxy Capital, e o acordo com Mobileum para a venda de 100% das ações da Wedo. Ainda durante o 2T19, a Sonae IM adicionou a Cellwize ao seu portefólio, uma empresa sediada em Israel líder global em automação e orquestração de rede móvel para operadores de telecomunicações, depois de já ter adquirido uma participação na CB4, que fornece uma solução patenteada de software de inteligência artificial para retalhistas”.

Relativamente ao desempenho operacional, o volume de negócios cresceu 29,7% para 93 milhões de euros, “impulsionado sobretudo pela integração da Nextel e aquisição da Excellium” e o EBITDA subjacente fixou-se em 0,3 milhões, “influenciado principalmente pela consolidação das empresas recentemente adquiridas”.

A Sonae Sierra registou um crescimento de 6,4% do volume de negócios, para 113 milhões de euros, e o EBIT situou-se em 55 milhões, aumentando 5,7% em termos homólogos. O resultado direto foi de 36 milhões, 9% acima do ano passado, “refletindo sobretudo o desempenho positivo tanto no portefólio de investimento como na divisão de serviços”.

A Sonae Sierra Brasil chegou a acordo para a fusão com a Aliansce Shopping Centers para criar o maior operador de centros comerciais do Brasil, com 1,4 milhões de m2 de ABL sob gestão.

No período em referência, as receitas operacionais da NOS aumentaram 1,2% em termos homólogos, para 782 milhões de euros, apoiado por um crescimento tanto das receitas de telco como de cinema & audiovisuais (+1,0% e 4,2% respetivamente). “A disciplina de custos permitiu um aumento do EBITDA superior ao crescimento das receitas e a margem cresceu para 42,5%”. O investimento situou-se em 208 milhões no semestre, aumentando 2,3% quando comparado com o ano passado. O Free Cash Flow continuou a melhorar, atingindo 100 milhões, mais 8,7% que no período homólogo de 2018.

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