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Sondagem Aximage/JE: Mulheres e mais idosos são os maiores apoiantes de Marcelo Rebelo de Sousa

Presidente da República continua a recolher forte apoio no eleitorado socialista, no qual ainda é mais unânime do que entre os partidos mais à direita.
2 Março 2020, 08h10

Marcelo Rebelo de Sousa mantém um nível de aprovação muito elevado enquanto Presidente da República, com 64,1% dos entrevistados numa sondagem da Aximage para o Jornal Económico a fazerem-lhe uma avaliação positiva, contra apenas 11% que consideram que o Chefe de Estado tem uma prestação negativa. No entanto, o apoio é ainda maior entre as mulheres, pois apenas 5,8% das inquiridas não estão convencidas com a sua atuação, contra 68% que fazem uma boa avaliação, enquanto os homens são mais contestatários (59,5% a favor e 17% contra).

Também entre os diversos grupos etários existe relativa unanimidade em torno do atual Presidente da República, mas Marcelo Rebelo de Sousa apresenta o melhor resultado nos entrevistados mais velhos, com 65 anos ou mais: 72,1% dizem que Marcelo Rebelo de Sousa está a desempenhar bem o cargo, e apenas 11,1% o avaliam de forma negativa. Ainda que a percentagem de insatisfeitos com o Chefe de Estado seja ligeiramente inferior nos entrevistados mais novos, dos 18 aos 34 anos, com apenas 8,2% a darem uma má avaliação, é nesse universo que menos pessoas têm boa opinião da atuação de Marcelo, sendo assim 58,1% do total, pois 25% optaram pela resposta “assim-assim”.

O apoio a Marcelo Rebelo de Sousa é quase homogéneo nas várias regiões do país, com a percentagem de inquiridos a responderem “bem” à avaliação a variar entre 58,4% no Centro e 69,4% no Sul e Ilhas, enquanto aqueles que optaram por “mal” a concentrarem-se sobretudo no Norte (13,2%)  e na Área Metropolitana de Lisboa (12,2%).

Chega é principal foco de rejeição

No que toca às intenções de voto legislativo, Marcelo Rebelo de Sousa continua a encontrar apoio muito além dos partidos que o ajudaram a eleger em 2016. Alcança o máximo de avaliação positivas entre aqueles que neste momento votariam no PAN – Pessoas, Animais, Natureza (87,2%), seguindo-se os potenciais eleitorais do PS (82,1%) e só depois do CDS (81,6%), PSD (74,1%) e Inciativa Liberal (73,9).

Ainda bastante satisfeitos com o desempenho do atual Presidente da República estão os inquiridos que votariam CDU (66,6%), seguindo-se os do Bloco de Esquerda (54,2%). No extremo encontram-se os eleitorados do Chega (41,4%) e do Livre (40,6%).

Aqueles que votariam Chega, cujo presidente e deputado único André Ventura oficializou neste sábado a candidatura às presidenciais de janeiro de 2021, são os que demonstram maior tendência para dar uma avaliação negativa à prestação de Marcelo Rebelo de Sousa: 33,9% consideram que desempenha mal o cargo, destacando-se dos eleitores do Iniciativa Liberal (19,8%) e CDU (18,7%). Pelo contrário, apenas 4,9% daqueles que votariam no PS apontam para uma má prestação.

FICHA TÉCNICA

Universo: Indivíduos maiores de 18 anos residentes em Portugal.

Amostra: Amostragem por quotas, obtida a partir de uma matriz cruzando sexo, idade e região (NUTSII), a partir do universo conhecido, reequilibrada por género (2) e escolaridade (2). A amostra teve 839 entrevistas efetivas: 600 entrevistas CAWI e 239 entrevistas CATI; 206 entre os 18 e os 34 anos, 230 entre os 35 e os 49 anos, 211 entre os 50 e os 64 anos e 192 para os 65 e mais anos; Norte 272, Sul e Ilhas 135; Área Metropolitana de Lisboa 254; Centro 178.

Técnica: Aplicação online – CAWI (Computer Assisted Web Interviewing) – de um questionário estruturado a um painel de indivíduos que preenchem as quotas pré-determinadas para os indivíduos com idades compreendidas entre os 18 e os 64 anos; entrevistas telefónicas – metodologia CATI (Computer Assisted Telephone Interviewing) do mesmo questionário devidamente adaptado ao suporte utilizado, ao sub-universo utilizado pela AXIMAGE nos seus estudos políticos, com preenchimento das mesmas quotas para os indivíduos com 50 e mais anos e outros. O trabalho de campo decorreu entre 14 e 18 de fevereiro de 2020.

Erro probabilístico: O processo amostral, não sendo aleatório, implica a não indicação do erro probabilístico. Contudo, para efeitos de comparação, para uma amostra probabilística com 839 entrevistas, o desvio padrão máximo de uma proporção é 0,017 (ou seja, uma “margem de erro” – a 95% – de 3,40%).

Responsabilidade do estudo: Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direcção técnica de João Queiroz.

 

 

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