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Sondagem dá maior vantagem de Biden sobre Trump desde o início de julho

Candidato democrata tem 14 pontos percentuais de avanço na sondagem da NBC News e “Wall Street Journal”, realizada depois do primeiro debate presidencial mas antes do internamento de Donald Trump. Outras sondagens feitas nas mesmas circunstâncias atribuem vantagens mais reduzidas a Joe Biden.
Morry Gash/EPA
4 Outubro 2020, 19h11

Uma sondagem da NBC News e do “Wall Street Journal”, divulgada neste domingo, atribui ao candidato democrata Joe Biden uma vantagem de 14 pontos percentuais sobre o republicano Donald Trump, que procura a reeleição nas eleições presidenciais que se realizam nos Estados Unidos a 3 de novembro. Esse avanço do antigo vice-presidente de Barack Obama é o maior registado desde o início de julho, quando uma sondagem da Universidade de Quinnipiac lhe conferia 15 pontos percentuais de vantagem.

A sondagem da NBC News e do “Wall Street Journal”, realizada depois do chocante primeiro debate presidencial mas ainda antes de Trump ser internado por ter contraído Covid-19, aponta 53% de intenções de voto a Joe Biden, contra apenas 39% para o atual presidente dos Estados Unidos, que se arrisca a ser o primeiro a falhar a reeleição no século XXI. O último a não conseguir o segundo mandato foi o republicano George H. Bush, pai do também presidente George W. Bush.

Apesar de a mais recente sondagem nacional ter aumentado a média de vantagem de Biden para 8,1 pontos percentuais – o que tornaria certa a sua reeleição, apesar de o sistema eleitoral dos Estados Unidos, em que o colégio eleitoral prevalece sobre o total nacional de votos, tornar possível a reeleição de Trump com menos três ou até quatro pontos percentuais -, outras duas sondagens de âmbito nacional realizadas já depois do debate presidencial (pouco) moderado por Chris Wallace apresentam conclusões bastante diversas.

Uma sondagem da IBD/TIPP mostrou o avanço de Biden a reduzir-se para 2,7 pontos percentuais entre os norte-americanos que deverão ir votar (48,6% para o democrata e 45,9% para o republicano), apesar de a maioria dos entrevistados terem considerado que o antigo vice-presidente foi o vencedor do debate: 44%-33% entre os registados nos dois principais partidos norte-americanos e 43%-20% entre os independentes.

Ainda segundo essa sondagem, Biden dominou no que toca a simpatia, foi considerado mais presidenciável e com melhor domínio dos assuntos, batendo o atual presidente dos Estados Unidos nos temas da Covid-19, dos problemas raciais e do processo eleitoral, enquanto Trump dominou ligeiramente na nomeação para o Supremo Tribunal Federal e na gestão da economia, além de ser visto como mentalmente mais ágil.

Já a sondagem Hill-Harris X indica que Biden aumentou a vantagem em dois pontos no espaço de menos de um mês, tendo agora sete pontos de vantagem sobre Trump. Entre os eleitores registados inquiridos, 47% indicaram que votariam no antigo vice-presidente, enquanto apenas 40% dariam o voto ao atual presidente, mantendo-se indeciso 7% do eleitorado.

Também neste domingo foram reveladas duas sondagem CBS News/YouGov, relativas aos estados do Ohio e da Pensilvânia. Ambos deram a vitória a Donald Trump em 2016, mas agora regista-se um empate a 47% no Ohio e Biden tem sete pontos de vantagem na Pensilvânia (51%, contra 44% de eleitores favoráveis ao presidente dos Estados Unidos).

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