Portugal prepara-se para colocar em órbita o seu segundo satélite, 31 anos depois do PoSat-1. O consórcio liderado pela Thales Edisoft Portugal e o CEiiA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto anunciou esta sexta-feira que o satélite nacional Aeros está pronto e será lançado em órbita na primeira semana de março num foguetão Falcon 9 da Space X.
Em causa está uma missão RideShare. “Este é um momento histórico para Portugal. Somos agora uma Nação Voadora, uma vez que temos um dos dois operadores de satélites de muito alta resolução na Europa e estamos a construir uma cadeia de valor completa a partir de Portugal para nos tornarmos um grande player no Espaço em três anos”, disse CEO do CEiiA, José Felizardo.
A entrada do Aeros em órbita, se bem-sucedida, marca o verdadeiro regresso de Portugal a este sector mais de três décadas depois. O primeiro satélite com ADN português – PoSat-1 – foi lançado em 1993 no foguetão Ariane 4.
“Estamos entusiasmados com o satélite Aeros e com o que ele representa não só para a Thales Edisoft Portugal e para os seus parceiros, mas para toda a nossa nação. Esta iniciativa posicionou significativamente Portugal no mapa da exploração espacial global e do avanço científico”, garante o CEO da Thales Edisoft Portugal, Sérgio Barbedo, em comunicado de imprensa.
O custo total deste projeto foi de 2.786.748,78 euros com um apoio do FEDER (União Europeia) no valor de 1.884.426,49 euros. Certo é que este trabalho não foi realizado a quatro mãos. Além da Thales, ligada aos sistemas para transportes e aeronáutica, e do CEiA, fizeram parte do grupo a consultora Spin.Works, a operadora de telecomunicações Dstelecom, universidades e centros de investigação.
Mais precisamente: Universidade do Minho, Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, Universidade do Algarve, Instituto Superior Técnico (IN – Centro de Inovação, Tecnologia e Investigação Política), Atlantic/CoLAB, Instituto do Mar (Okeanos), Air Center, Instituto de Tecnologia do Massachusetts (Estados Unidos) e Programa MIT Portugal.
O Aeros irá monitorizar os oceanos para, por exemplo, acompanhar a biodiversidade marítima ou a evolução das temperaturas nos oceanos, segundo uma reportagem do jornal “Público” publicada em setembro de 2023.
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