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Start Campus diz que está “a cooperar com as autoridades” após buscas 

A empresa que desenvolve tecnologia e sistemas ligados à energia verde confirmou que foi alvo de uma operação de buscas por parte pelas autoridades judiciais esta terça-feira e reforçou o seu compromisso com a “transparência, legalidade e integridade”.
7 Novembro 2023, 16h34

A Start Campus confirmou esta terça-feira que foi alvo de uma operação de buscas por parte pelas autoridades judiciais nas instalações da empresa, no âmbito do que designa “uma investigação mais ampla”, referindo-se às suspeitas de corrupção nos negócios do lítio e hidrogénio verde, que levaram à demissão do primeiro-ministro.

A motivação das buscas à Start Campus é o projeto de construção de data center (centro de dados) desenvolvido, por esta sociedade, na Zona Industrial e Logística de Sines.

A empresa, que faz e comercializa sistemas de energia amiga do ambiente, garante que “está a cooperar com as autoridades, fornecendo todas as informações necessárias e solicitadas, para garantir uma investigação completa e imparcial de todos os factos necessários”.

“A Start Campus reafirma o seu total compromisso com a transparência, legalidade e integridade de todas as suas operações e em todas as fases do desenvolvimento do seu investimento em Portugal. A Start Campus assegura que continuará as suas operações e investimento em Portugal”, garante fonte oficial, em declarações enviadas esta tarde ao Jornal Económico.

As diligências foram ordenadas ou autorizadas pelo Ministério Público e juiz de Instrução Criminal e estiveram a ser executadas com  o apoio operacional de elementos da Polícia de Segurança Pública (PSP) e da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT).

Segundo a Procuradoria-Geral da República, “por se verificarem os perigos de fuga, de continuação de atividade criminosa, de perturbação do inquérito e de perturbação da ordem e tranquilidade públicas”, emitiu mandados de detenção fora de flagrante delito do chefe de gabinete do primeiro-ministro, do Presidente da Câmara Municipal de Sines, de dois administradores da sociedade Start Campus e de um advogado/consultor contratado por esta sociedade.

Os detidos – entre os quais o CEO, Afonso Salema, e o administrador e diretor jurídico e de sustentabilidade, o advogado Rui Oliveira Neves, sócio da Morais Leitão – vão ser presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação.

A Start Campus é a organização por detrás do Sines 4.0, que abrange um espaço com capacidade de 495MW (distribuída por seis edifícios), envolve um investimento de 3,5 mil milhões de euros e prevê a criação de até 1.200 empregos diretos altamente qualificados e 8 mil postos de trabalhos indiretos até 2028. Os primeiros clientes do projeto foram a EXA Infrastructure, a alemã DE-CIX e a Colt.

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