Tiago Morgado criou a GoodLife Health 1 durante o The Lisbon MBA. Com ela ganhou recentemente a primeira edição do concurso de startups lançado pelo Alumni Board, que distingue uma startup criada no âmbito do programa. O The Lisbon MBA, uma joint-venture entre a Católica-Lisbon e a Nova SBE, em parceria com o MIT Sloan School of Management, tem tido um papel relevante na criação de startups e novas empresas. Números a que o Jornal Económico teve acesso revelam que desde 2005, o The Lisbon MBA apoiou a formação de 31 empresários e 54 startups que geraram cerca de 1640 postos de trabalho, em diversos sectores. No caso da MIT Sloan School of Management, se fossem contabilizadas as empresas em atividade que ajudou a criar, estaria no top 10 das maiores economias do mundo, com um PIB entre o da Rússia e da Índia, segundo a Aristotle University of Thessaloniki.
Ao JE, Tiago Morgado adianta os próximos passos a dar para atingir a maturidade do negócio.
O que é a GoodLife Health 1 e a que necessidade quer responder?
Com quase 750 mil milhões de diabéticos em todo o mundo, a doença é oficialmente classificada como uma pandemia à escala global. Em Portugal, mais de 40% da população adulta é diabética ou pré-diabética. Em 90% dos casos, a doença está relacionada com o estilo de vida menos saudável. GoodLife Health é um digital-coach que oferece aos diabéticos, para além de apoio diário, a educação e motivação necessária para que possam viver uma vida mais feliz e saudável.
Em que fase de maturidade se encontra o projeto?
O Lisbon MBA Católica|Nova tem desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento inicial e na evolução deste projeto. Para além da teoria, frameworks e modelos mentais que o programa fornece aos estudantes no plano curricular, existe também toda uma rede de professores, mentores e especialistas das indústrias a que temos acesso privilegiado. Atualmente, temos um protótipo, com as funcionalidades que consideramos essenciais, disponível para uma primeira fase de testes com utilizadores. Temos também um canal aberto com a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) com vista a discutir uma possível parceria para desenvolvimento da aplicação. Do ponto de vista de financiamento, iniciámos o processo de candidatura a fundos europeus. A nossa intenção é não procurar outras fontes de investimento até o negócio atingir uma fase de maturidade mais avançada.
Quais têm sido as principais dificuldades para o pôr de pé?
As típicas de uma startup: incerteza, risco, o desafio em criar uma equipa sólida e todas as dúvidas que surgem sobre o rumo a seguir. Dito isto, no final do dia, são estas incertezas que tornam o processo de criar uma startup tão entusiasmante. Se juntarmos o facto de que este é um negócio com enorme potencial não só financeiro, mas também de causar um verdadeiro impacto no mundo, torna todo o processo muito gratificante.
Quem são os vossos potenciais clientes?
Para além dos diabéticos, também identificamos empregadores e companhias de seguros com potenciais stakeholders.
Em que mercados pensa vir a comercializar o produto/serviço?
Para começar, Portugal e Espanha, mas sempre com a ambição de expandir para o resto do mundo. O estilo de vida e comportamentos saudáveis que queremos incutir ao nosso público alvo, excluindo algumas idiossincrasias culturais, são universais. Não vemos razão para que não sejam transversais aos restantes mercados globais, até porque os contactos adquiridos, tanto em Portugal como durante a nossa estadia no MIT em Boston, não podem ser ignorados.
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