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Suaves perdas em Wall Street à espera dos detalhes da guerra comercial

O consenso dos analistas garante que o mercado já está a descontar o melhor acordo possível entre as duas potências, Estados Unidos e China, mas agora os analistas querem saber mais detalhes. Isto acontece num dia em que o Governo chinês estabeleceu como meta para 2019 um crescimento económico “entre 6% e 6,5%”, num relatório divulgado antes do arranque da sessão anual legislativa do país. Nos EUA, o índice PMI não-industrial do ISM em fevereiro cresceu de 56,7 para 59,7 pontos.
Wall Street Bull Bear bolsas
Alex Domanski/Reuters
5 Março 2019, 21h55

Wall Street registou perdas leves com o Dow Jones a descer 0,05% para 25.806,63 dólares; o Nasdaq cair 0,02% para 7.576,4 pontos; e o S&P 500 a perder 0,11% para 2.789,68, muito relacionado com a guerra comercial entre a China e os EUA.

O consenso dos analistas citados pelo Bolsamania garante que o mercado já está a descontar o melhor acordo possível entre as duas potências, Estados Unidos e China, mas agora os analistas querem saber mais detalhes.

Isto acontece num dia em que o Governo chinês estabeleceu como meta para 2019 um crescimento económico “entre 6% e 6,5%”, num relatório divulgado antes do arranque da sessão anual do legislativo do país. O mesmo documento aponta uma meta em torno dos 3% para a inflação.

Em 2018, a economia chinesa cresceu 6,6%, o ritmo mais lento dos últimos 28 anos, coincidindo com crescentes disputas comerciais com os Estados Unidos.

No panorama empresarial, a General Electric caiu 4,72% após antecipar um fluxo de caixa negativo para 2019 e após a forte recuperação que as suas ações registaram nas últimas semanas.

Dentro do Dow Jones, a empresa que mais subiu foi a  UnitedHealth, com um ganho de 2,29%, à frente da petrolífera Chevron (0,96%) e da retalhista Walmart (0,52%). No lado oposto da tabela o destaque vai para as ações da Walgreens (-2,07%), seguido da 3M Co (-1,46%) e DowDuPont (-1,05%).

Brent aproxima-se novamente dos 66 dólares, mas WTI fecha em queda
Os futuros de Brent, referência na Europa avançaram 0,4% em relação ao final da segunda-feira, até aos 65,9 dólares por barril, o que representa um aumento de 22,5% até agora neste ano. Por outro lado, os futuros do crude West Texas (EUA) está em queda de 0,05% face ao dia anterior, até aos 56,56 dólares por barril.

“Os investidores estão aguardando o próximo catalisador, sejam as negociações comerciais entre a China e os Estados Unidos, seja de mudanças no regime venezuelano”, dizem os analistas à Bloomberg.

“Há uma grande expectativa de que o estímulo fiscal que a China vem mencionando, junto com a probabilidade de um ambiente comercial muito mais amigável com os Estados Unidos, possa impedir um movimento em direção a um menor consumo de petróleo no país”, acrescentou outro analista.

O ouro valorizou-se ligeiramente em relação a segunda-feira (+0,1% para 1.288,8 a onça) e este ano o saldo é positivo em +0,6%.

Por outro lado, o euro caiu e atingiu a zona de câmbio de 1.1307 dólares no fim da sessão (-29%).

Em relação à agenda macro do dia, sabe-se que o índice PMI (Purchasing Managers’ Index) não-industrial (serviços) do ISM (Institute for Supply Management) em fevereiro cresceu de 56,7 para 59,7 pontos e excedeu a previsão de 57,3. Por outro lado os índices compostos PMI de serviços dos EUA foram revistos em baixa.

O índice de gestão de compras composto dos EUA, medido pela IHS Markit, subiu de 54,4 em janeiro a 55,5 em fevereiro, para um máximo de sete meses.

Para os analistas a nova divergência entre os índices da indústria e os dos serviços sugere que a forte procura doméstica nos EUA está a superar as condições económicas globais mais frágeis”. A conclusão é que “a economia dos EUA está numa base sólida”.

O índice Redbook de vendas no retalho recuou 1,6% na semana passada e reduziu seu crescimento anual para 4,2%. Além disso, a venda de novas casas recuperou em dezembro em 3,7%, bem acima da queda esperada de 8,7%.

Na agenda de quarta-feira, os EUA vão publicar tardiamente a  sua balança comercial de dezembro  (diferença entre importações e exportações e é esperado ser 2.000 milhões de dólares a menos do que em dezembro de 2017. Além disso, em relação à situação da economia dos EUA , a Federal Reserve apresentará o seu Livro Bege, relatório sobre o qual o Conselho de Governadores da entidade monetária baseia as suas decisões.

 

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