Subida das yields castiga Wall Street que abre em queda

Wall Street iniciou a sessão desta terça-feira em queda. A bolsa foi castigada pelo movimento de subida das yields da dívida soberana dos Estados Unidos. A isto junta-se a geopolítica e o clima de conflito em Israel que aumenta as tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China. O que impacta negativamente nos fabricantes de semicondutores como a Nvidia, devido à restrição na venda de chips.

Os setores defensivos registam melhor performance, revelando cautela dos investidores na antecâmara da divulgação de contas empresariais nos EUA, com destaque para as Johnson & Johnson, Goldman Sachs, Bank of America, Lockheed Martin e United Airlines.

Antes do início da sessão, o Bank of America informou que obteve um lucro líquido atribuível de 23.400 milhões de dólares nos primeiros nove meses, dos quais 7.800 milhões no terceiro trimestre. No mesmo período, o Goldman Sachs ganhou 2,06 mil milhões de dólares e o Bank of New York Mellon que ganhou 1,038 mil milhões de dólares, traduzindo uma subida de 63%.

O Bank of America, que apresentou contas referentes ao terceiro trimestre do ano antes da abertura da sessão, avança 1,32%.

Já o Goldman Sachs, que também apresentou os resultados do terceiro trimestre, cai em bolsa 1,40%. O banco liderado por David Solomon registou uma queda de 33% nos lucros para 2,06 mil milhões de dólares. Os resultados superam as estimativas dos analistas, devido a receitas superiores ao esperado com o segmento de “trading”.

Além do setor bancário, a Johnson & Johnson também publicou suas contas. Os laboratórios obtiveram, também entre Julho e Setembro, um lucro líquido de 26.028 milhões de dólares, quase seis vezes mais que no mesmo período do ano anterior.

O S&P 500 abriu a recuar 0,68% para 4.344,02 pontos, o industrial Dow Jones cedia 0,27% para 33.892,78 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite perdia 1,1%, para 13.419,06 pontos na abertura.

Pela positiva destaca-se que a produção industrial expandiu-se de forma inesperada em setembro.

As vendas a retalho subiram 0,7% em setembro, o que compara com estimativas de um crescimento de 0,3%, segundo os economistas contactados pela Reuters.  O aumento foi um décimo de um ponto percentual inferior ao aumento de agosto.

Em comparação com setembro de 2022, o volume do comércio a retalho dos EUA aumentou 6,7%, enquanto no período de julho a setembro aumentou 3,1% em relação aos mesmos meses do ano passado.