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“Succession” à italiana? Morte de Berlusconi poderá intensificar guerras internas

A história resume-se aos dois filhos de Silvio Berlusconi que, atualmente, repartem os negócios do pai: se Pier Silvio Berlusconi vai ficar responsável pela gestão da Media For Europe, a sua irmã, Mariana, fica encarregada de assumir os destinos da Fininvest.
12 Junho 2023, 16h09

Com o agravamento do estado de saúde de Silvio Berlusconi, começaram a perspectivar-se cenários de um alguma desagregação na organização dos negócios que o empresário italiano liderava. Com o falecimento do magnata, esta segunda-feira aos 86 anos, poderá ter começado uma espécie de “Succession” à italiana (numa referência à série do HBO).

A história resume-se aos dois filhos de Silvio Berlusconi que, atualmente, repartem os negócios do pai: se Pier Silvio Berlusconi vai ficar responsável pela gestão da Media For Europe, a sua irmã, Mariana, fica encarregada de assumir os destinos da Fininvest.

Perspectiva o “El Economista” que o falecimento de Silvio Berlusconi “pode derivar numa tensão ainda maior dentro da cúpula diretiva e que muitos projetos possam ficar sem efeito”.

A Fininvest, que tem uma faturação estimada em quatro mil milhões de euros, controla 50% da Media For Europe (antiga Mediaset Italia); 53% do grupo Mondadori; 30% do banco medialanum e 100% do capital do teatro Manzoni e a equipa do Monza.

Os relatos que chegam de Itália falam de uma guerra interna que já dura há vários meses na cúpula da antiga Mediaset Italia. Dois dos responsáveis estão mais identificados com a ideia de negócio da família com o objetivo de garantir lucros. Outro responsável quer que o grupo mediático esteja ao serviço do centro direita.

O antigo primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi morreu esta segunda-feira num hospital em Milão, noticiou a agência italiana ANSA. Berlusconi, 86 anos, estava internado no Hospital San Raffaele desde sexta-feira.

Silvio Berlusconi foi primeiro-ministro de Itália entre 1994 e 1995, de 2001 a 2005, entre 2005 e 2006 e de 2008 a 2011.

O líder do partido Forza Italia, magnata da comunicação social e antigo presidente do AC Milan tinha estado 45 dias no mesmo hospital até há três semanas, devido a uma pneumonia e uma leucemia.

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