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SVB contribui para aperto monetário, mas sem alterar rumo do BCE, projeta Goldman Sachs

A Goldman Sachs projeta que o BCE acabe por manter o ritmo já antecipado anteriormente, o que passará por uma subida de 50 pontos base (p.b.) na reunião desta semana, apesar de contribuir para um maior aperto das condições monetárias.
14 Março 2023, 11h58

Os problemas no sistema financeiro norte-americano apresentam uma baixa probabilidade de alastrar à Europa, considera a Goldman Sachs, apesar de contribuir para um maior aperto das condições monetárias e, portanto, obrigando o Banco Central Europeu (BCE) a subir menos juros do que o esperado.

A Goldman Sachs projeta que o BCE acabe por manter o ritmo já antecipado anteriormente, o que passará por uma subida de 50 pontos base (p.b.) na reunião desta semana, mas sublinha o acréscimo de volatilidade e incerteza no cenário base para a economia da zona euro.

A expectativa quanto à reunião da próxima semana passava bastante pela conferência de imprensa da presidente Lagarde, na qual se poderia ficar a ver mais sinais quanto à evolução nos próximos meses da política monetária europeia – perante estes desenvolvimentos, qualquer forward guidance é posta de lado.

A análise do banco de investimento norte-americano começa por sublinhar a baixa exposição dos bancos europeus e britânicos aos depósitos nos EUA, onde o foco dos problemas surgiu. Mais, os rácios do sistema europeus são bastante robustos e a liquidez abunda, pelo que a possibilidade de um contágio direto não é muito forte.

Ainda assim, a situação nos EUA deverá levar a que os bancos mostrem menos inclinação para emprestar dinheiro, contribuindo assim para um maior aperto das condições financeiras globais. Através deste veículo, a necessidade de subir juros reduz-se, o que não será, no entanto, suficiente para alterar o curso da política monetária europeia.

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