Os problemas no sistema financeiro norte-americano apresentam uma baixa probabilidade de alastrar à Europa, considera a Goldman Sachs, apesar de contribuir para um maior aperto das condições monetárias e, portanto, obrigando o Banco Central Europeu (BCE) a subir menos juros do que o esperado.
A Goldman Sachs projeta que o BCE acabe por manter o ritmo já antecipado anteriormente, o que passará por uma subida de 50 pontos base (p.b.) na reunião desta semana, mas sublinha o acréscimo de volatilidade e incerteza no cenário base para a economia da zona euro.
A expectativa quanto à reunião da próxima semana passava bastante pela conferência de imprensa da presidente Lagarde, na qual se poderia ficar a ver mais sinais quanto à evolução nos próximos meses da política monetária europeia – perante estes desenvolvimentos, qualquer forward guidance é posta de lado.
A análise do banco de investimento norte-americano começa por sublinhar a baixa exposição dos bancos europeus e britânicos aos depósitos nos EUA, onde o foco dos problemas surgiu. Mais, os rácios do sistema europeus são bastante robustos e a liquidez abunda, pelo que a possibilidade de um contágio direto não é muito forte.
Ainda assim, a situação nos EUA deverá levar a que os bancos mostrem menos inclinação para emprestar dinheiro, contribuindo assim para um maior aperto das condições financeiras globais. Através deste veículo, a necessidade de subir juros reduz-se, o que não será, no entanto, suficiente para alterar o curso da política monetária europeia.
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