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TAP com prejuízo de 108,2 milhões no primeiro trimestre impactado por “eventos extraordinários”

Resultado da companhia aérea até março mostra uma contração 18,1 milhões de euros de perdas face ao período homólogo. Trimestre desafiante ficou “marcado pela greve dos pilotos da Portugália e pela deslocação da Páscoa”.
23 Maio 2025, 08h41

A TAP S.A. obteve um prejuízo de 108,2 milhões de euros até março, mais 18,1 milhões de euros de perdas do que no período homólogo de 2024, num primeiro trimestre impactado por “eventos extraordinários”, foi hoje anunciado.

“A ‘performance’ [comportamento] do primeiro trimestre de 2025 foi significativamente impactada pela greve dos pilotos da PGA, que se prolongou durante 20 dias. Adicionalmente, a comparabilidade dos resultados operacionais foi ainda afetada pela deslocação da Páscoa para o segundo trimestre em 2025, ao contrário de 2024, quando ocorreu no primeiro trimestre. Estima-se que, juntos, tenham tido um impacto financeiro nos resultados operacionais entre 30 e 40 milhões” de euros, lê-se no comunicado divulgado esta sexta-feira, dia 23 de maio.

Classificando o trimestre terminado em março como “desafiante, refletindo a sua impossibilidade de aumentar capacidade”, a companhia refere, no mesmo documento, que se mantém “comprometida com a trajetória de recuperação, sustentabilidade financeira e transformação estrutural, como tem feito de forma consistente nos últimos anos”.

A par da greve dos pilotos da Portugália e deslocação da Páscoa, que impactaram mais expressivamente a performance financeira do primeiro trimestre, Luís Rodrigues, Presidente Executivo da TAP, aponta para “o aumento da concorrência nos principais mercados e as disrupções operacionais, como eventos meteorológicos adversos, greves e constrangimentos nos aeroportos e no espaço aéreo europeu”.

O mesmo documento com informação financeira destaca, em relação ao primeiro trimestre, o “desempenho positivo no mercado norte-americano, sustentado pelo aumento da receita unitária e do Load Factor, apesar do contexto macroeconómico desafiante”.

“Embora os desafios se mantenham, nomeadamente a pressão concorrencial, as disrupções operacionais e a incerteza macroeconómica, os progressos alcançados nos últimos anos sustentam uma TAP mais resiliente e preparada para o futuro.
Estamos focados na consolidação da sustentabilidade financeira e da eficiência operacional, preparando a companhia para a nova fase que se seguirá ao Plano de Reestruturação, com o compromisso de transformar a TAP numa empresa sustentadamente rentável e atrativa, sempre com o apoio dos nossos stakeholders e das nossas pessoas, que são essenciais para o nosso sucesso”, acrescenta o mesmo responsável, citado no comunicado desta manhã.

A companhia aérea registou um resultado operacional (EBIT – resultado antes de juros e impostos) negativo em 131,6 milhões de euros até março, face a 74,3 milhões de euros negativos do período homólogo.

Quanto ao EBIT recorrente, o relatório regista um resultado negativo em 119,2 milhões (60,3 milhões de euros negativos nos primeiros três meses do ano passado).

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