[weglot_switcher]

Tarifas já geraram perdas de 3.451 euros nos rendimentos desde o início do ano

Todas as tarifas de 2025 devem levar a que no longo prazo a economia dos Estados Unidos caia 0,6%, o equivalente a 160 mil milhões de dólares, ou 145 mil milhões de euros.
7 Abril 2025, 09h00

O impacto das tarifas que já foram anunciadas desde o início do ano já provocaram uma perda de rendimentos de 3.800 dólares (3.451 euros), de acordo com o Budget Lab da Universidade de Yale. Os preços tiveram um aumento de 2,3% no curto prazo, diz a mesma instituição de ensino se for assumido que não existe um reação por parte da Reserva Federal norte-americana (Fed).

Já as tarifas que foram anunciadas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, a 2 de abril levaram a um aumento efetivo nas tarifas de 11.5 pontos percentuais, refere o Budget Lab.

“Isso implica um aumento nos preços no consumidor de 1,3% no curto prazo, assumindo que não existe reação por parte da Fed. É o equivalente a uma perda de poder de compra de 2.100 dólares (1.907 euros) por agregado familiar em média”, diz a Universidade de Yale.

Todas as tarifas que já foram aplicadas em 2025, que inclui as de 2 de abril, bem como as tarifas aplicadas ao setor automóvel, ao do aço, e ao do alumínio, que foram aplicadas pela China, Canadá e México (a que acresce as medidas de retaliação anunciadas por outros países) implica um aumento na tarifa de cerca de 20 pontos percentuais. “Isto aumenta os preços no consumidor em 2,3%, no curto prazo, assumindo que a Fed não reage, e a uma perda de poder de compra de 3.800 dólares (3.451 euros) por agregado familiar em média”, salienta a Universidade de Yale.

Economia dos Estados Unidos perde 145 mil milhões de euros

Em termos dos efeitos provocados no Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano, tendo em consideração somente as tarifas anunciadas a 2 de abril, o Budget Lab salienta que estas tarifas reduzem o tamanho da economia dos Estados Unidos no curto e longo prazo.

“O crescimento real do PIB dos Estados Unidos é 0,5 pontos percentuais mais baixo em 2025 e 0,1 pontos percentuais mais baixo em 2026. Depois de 2026 o nível do PIB começa a recuperar de forma modesta à medida que a produção e as cadeias de abastecimento são reotimizadas. Mas no longo prazo o output dos Estados Unidos é 0,4% mais baixo face ao anúncio feito a 2 de abril. Isso é o equivalente à economia norte-americana ficar permanentemente mais pequena em 100 mil milhões de dólares, ou 90 mil milhões de euros, (ou 100 biliões na terminologia norte-americana). As exportações devem cair no longo prazo em 10% face à política anunciada a 2 de abril”, explica a Universidade de Yale.

Se levarmos em consideração todas as tarifas de 2025 o crescimento do PIB norte-americano é 0,9 pontos percentuais mais baixo em 2025 e 0,1 pontos percentuais mais baixo em 2026, e fica 0,6% mais baixo no longo prazo, o equivalente a 160 mil milhões de dólares, ou 145 mil milhões de euros, (160 biliões na terminologia norte-americana), enquanto que as exportações baixam 18,1%.

As tarifas de 2 de abril, devem ter um efeito “modesto” na economia mundial, excluindo os Estados Unidos, diz a Universidade de Yale.

“Isto deve-se em grande parte ao Canadá e ao México estarem ausentes do anúncio de 2 de abril. Ambos os países ganham em termos materiais com a política que deve ser seguida pelos Estados Unidos no longo prazo. A economia da China deve contrair ligeiramente em 0,2% no longo prazo enquanto que o Reino Unido deve ter um ganho de 0,1%”, refere o Budget Lab da Universidade de Yale.

Levando em consideração todas as tarifas de 2025 a economia do Canadá deve ficar 2,1% mais pequena em termos reais (refletindo tanto as tarifas dos Estados Unidos e a retaliação do Canadá) mas a economia do México deve ficar “ligeiramente maior” no longo prazo, diz a instituição de ensino superior. A economia da China fica 0,2% mais pequena, a do Reino Unido deve crescer 0,2%, e a União Europeia deve aumentar em 0,1%.

RELACIONADO
Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.