O comissário europeu do Comércio saudou a aplicação de um limite de 15% de tarifas dos Estados Unidos à União Europeia (UE), desde hoje em vigor na sequência do acordo comercial transatlântica, falando na “estabilidade da economia”.
“Os novos direitos aduaneiros dos Estados Unidos refletem os primeiros resultados do acordo UE-EUA, nomeadamente o limite máximo de 15% para todos os direitos”, reagiu o comissário europeu do Comércio, Maros Sefcovic, numa publicação na rede social X.
“Este facto reforça a estabilidade para as empresas, bem como a confiança na economia transatlântica”, acrescentou.
Segundo Maros Sefcovic, “os exportadores da UE beneficiam agora de uma posição mais competitiva”.
Ainda assim, “o trabalho continua”, adiantou o responsável europeu da tutela, quando a UE e os Estados Unidos ainda estão a finalizar o texto oficial do acordo comercial para tarifas norte-americanas de 15% a produtos europeus.
Há uma semana, a Comissão Europeia adotou um pacote total de retaliação orçado em 93 mil milhões de euros, que ainda não suspendeu, estando a aguardar a publicação norte-americana.
No passado domingo, a UE conseguiu chegar a acordo com os Estados Unidos para amenizar as tensões comerciais iniciadas em março, com a consciência de que este é o acordo possível e não o melhor, pois a ambição europeia era maior, de tarifas zero para bens industriais europeus, como a Comissão Europeia chegou a propor.
O acordo comercial fixa em 15% as tarifas aduaneiras norte-americanas sobre os produtos europeus, prevendo também o compromisso da UE sobre a compra de energia norte-americana no valor de 750 mil milhões de dólares (cerca de 642 mil milhões de euros), o investimento de 600 mil milhões adicionais (514 mil milhões de euros) e um aumento das aquisições de material militar.
Foi possível alcançar uma tarifa única de 15% sobre a maioria dos bens da UE exportados para os Estados Unidos, em vez dos 30% ameaçados por Donald Trump, isentando setores estratégicos como semicondutores, componentes aeroespaciais e certos produtos farmacêuticos.
Não haverá uma tarifa semelhante por parte do bloco comunitário, até porque a argumentação norte-americana incide sobre o défice comercial dos Estados Unidos face à UE.
O acordo ainda é preliminar e não totalmente oficial, com detalhes pendentes.
Previsto está que, para já, a UE não suspenda as contramedidas que tinha preparado para o caso de não se chegar a um acordo com os Estados Unidos, enquanto se aguarda a publicação oficial.
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