A tecnologia tem vindo a ajudar os municípios a desmaterializar processos, tornando-os mais rápidos e transparentes, mas também a melhorar os serviços prestados aos cidadãos. Uma aposta que tem de continuar a ser feita, numa altura em que, diz Nuno Piteira Lopes, vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais, ainda há um “caminho gigante por percorrer”.
“A tecnologia pode e deve ser um pilar fundamental para resolver os problemas das pessoas se a utilizarmos efetivamente para resolver esses problemas”, começou por dizer Nuno Piteira Lopes, vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais e candidato à presidência da Câmara, na conferência Zona de Impacto sobre a importância do ESG (ambiental, social e governance), uma organização do Jornal Económico em parceria com o Novobanco.
Hoje em dia, a tecnologia tem vindo a ajudar a resolver “muitas coisas que não faziam qualquer sentido”, simplificando e acelerando processos nos municípios. “Em Cascais, começámos há muitos anos a apostar fortemente na tecnologia, mas focada na resolução dos problemas das pessoas” para quem utiliza os serviços do município consiga “fazê-lo de forma mais rápida”.
O vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais deu vários exemplos do que tem sido feito. “Na área do urbanismo há nove anos que não é possível entregar qualquer projeto em papel na câmara”, referiu, notando que a desmaterialização torna os processos “mais transparentes”, uma vez que os munícipes passam a saber exatamente os vários passos dados e quanto tempo demoraram a dar.
A câmara apostou também na tecnologia a nível dos transportes públicos que passaram a oferecer wifi e uma aplicação para tornar os transportes mais seguros para quem os frequenta. “Os pais passaram a saber quando é que os filhos entravam no autocarro ao receberem uma mensagem escrita”, explicou.
Este caminho está a ser feito com o apoio da academia. “Utilizamos a Nova SBE, a academia, e desafiamos os alunos e professores nas suas teses de mestrado a utilizarem casos práticos no concelho de Cascais e como a tecnologia pode ajudar”, disse Nuno Piteira Lopes, afirmando ainda que também têm feito parcerias com privados para desenvolver projetos-piloto.
Há, no entanto, ainda “um caminho gigante por percorrer” ao nível da tecnologia, havendo ainda alguns processos que precisam de ser desmaterializados. “Hoje para se fazer o registo animal é preciso tirar um dia de trabalho”, uma vez que é preciso ir à juntar fazer isto. “Só se faz em papel. Não conheço nenhuma junta que tenha desmaterializado o boletim animal”, disse, reforçando: “a tecnologia vem ajudar a resolver muitos problemas se estiver focada em resolver os problemas das pessoas”.
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