As bolsas europeias abriram a semana com sentimento negativo, já que os índices de referência das praças mais importantes terminaram a sessão no ‘vermelho’. As tecnologias registaram as descidas mais acentuadas, ao passo que os automóveis aceleraram no sentido inverso.
A bolsa de Lisboa seguiu a tendência das principais congéneres, na medida em que o índice PSI contraiu 1,19%, até aos 6.739 pontos na sessão desta segunda-feira. O sentimento, no mercado nacional, foi penalizado sobretudo pela desvalorização expressiva do BCP.
O único banco cotado no PSI viu as respetivas ações caírem 4,15%, até aos 0,5308 euros, no mesmo dia em que deu a conhecer a antecipação do reembolso da emissão de obrigações que estava a apontar para 27 de março de 2030. Em causa estão 450 milhões de euros em obrigações, que vão vencer precisamente cinco anos mais cedo, pelo respetivo montante de capital em dívida acrescido de juros vencidos.
Seguiram-se recuos na Mota-Engil, em 3,53% para 3,116 euros, assim como nos CTT, nos 2,57%, até aos 6,82 euros, ao passo que a Galp derrapou 2,39% e terminou nos 14,53 euros. Por outro lado, a Sonae saltou 1,58% para 1,028 euros, ao mesmo tempo que a EDP Renováveis somou 1,46% e os títulos alcançaram os 8,35 euros.
No exterior, houve uma descida particularmente marcante na Alemanha, em 1,71%, depois de os investidores mostrarem insegurança, na sequência do partido Os Verdes rejeitarem o plano de gastos com defesa e infraestruturas, que está em discussão no parlamento do país
Seguiram-se decréscimos e 1,34% em Espanha, 1,02% em Itália, 0,93% no Reino Unido e 0,90% em França, ao passo que o índice agregado Euro Stoxx 50 derrapou 1,59%.
O setor tecnológico foi dos que registou maiores perdas, castigados pelos dados divulgados pela TSMC. A fabricante de chips semicondutores neerlandesa deu a conhecer a faturação dos primeiros dois meses do ano, que ficou aquém do esperado e leva a crer que será mais difícil atingir a meta definida para o primeiro trimestre.
O setor automóvel europeu, por seu turno, beneficou de valorizações significativas na Stellantis, BMW, Mercedes e Volkswagen. Os ganhos coincidem com um período em que a cotação de mercado da Tesla está em queda, em função de inseguranças geradas por protestos contra a fabricante de automóveis elétricos, tendo por base a proximidade do dono e CEO, Elon Musk, com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Em termos macro, atenções viradas para o discurso de Christine Lagarde, presidente do BCE, que vai ter lugar na manhã desta terça-feira, na sequência de um corte de 25 pontos base nas taxas de juro de referência, que teve lugar na semana passada.
Horas mais tarde, vão ser conhecidos dados importantes no que diz às ofertas de emprego em território norte-americano. Os mercados aguardam também os dados da inflação dos EUA em fevereiro, que vão ser conhecidos na quarta-feira.
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