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“Ter Assis ao lado de Pedro Nuno mostra que o PS vai manter-se fiel à sua matriz”

Álvaro Beleza divide o seu tempo entre a medicina e a intervenção cívica, como membro da Comissão Política do PS. É também um dos dinamizadores do chamado “grupo dos moderados”, juntamente com Francisco Assis. Em entrevista, mostra-se convicto de que Pedro Nuno Santos será o próximo líder do PS, mas elogia José Luís Carneiro, que vê como possível candidato à Câmara do Porto.
Álvaro Beleza
17 Novembro 2023, 08h30

Começo por lhe perguntar sobre o almoço que o chamado “grupo dos moderados” do PS teve no passado domingo, com algumas dezenas de presenças. À margem do evento disse aos jornalistas que “é chegado o tempo dos moderados”. O que quis dizer com isto?
Sim, temos um grupo de amigos, de camaradas de partido, que almoça pelo menos uma vez por ano em Cantanhede, num restaurante que tem um leitão muito bom. Eu não gosto de leitão, mas aprecio as batatas fritas, que são muito boas (risos). É um grupo de socialistas moderados em que eu e o Francisco Assis estamos desde o início, mas temos ali muito mais gente que vem de todo o país, do norte a sul. Mas não gosto muito de divulgar os nomes porque é um evento discreto e um encontro de amigos.

Mas pode-se descrever como um grupo de socialistas que em comum têm o facto de serem da ala mais “moderada” do partido?
Sim, de socialistas moderados. O Partido Socialista que vem desde os tempos de Mário Soares ou de António Guterres. Inclui muitos ex-deputados e até pessoas que já estão fora da política, juntamente com outros ainda estão ativos e que têm presença mais ativa nas federações e nas suas comunidades.

E o que quis então dizer com o “tempo dos moderados”?
Acho que é chegado o tempo dos moderados, mas isso não sou apenas eu que digo. É óbvio que, na sociedade atual temos muitos radicalismos. Creio que a causa disso está, entre outras coisas, nas redes sociais. Parece que vivemos em democracia direta. Mas a democracia liberal, a democracia parlamentar, digamos assim, é uma democracia indireta. É um sistema em que elegemos elites que nos representam, que nos governam e que podemos substituir. E, portanto, as redes transformaram isto num processo em que os políticos, os governantes, em qualquer país das democracias ocidentais, estão sempre pressionados no dia a dia pela opinião pública, e isto inclui na Justiça.

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